Justiça do Pará condena médica por alegações contra mamografia e negação do câncer de mama
Multa diária será aplicada em caso de descumprimento
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A Justiça do Pará condenou a médica Lana Tiani Almeida da Silva por divulgar as redes sociais, informações falsas sobre o câncer de mama e o exame de mamografia. A ação foi movida pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), e a decisão foi proferida pela juíza Lailce Ana Marron da Silva Cardoso, da 9ª Vara Cível e Empresarial de Belém.
Em um vídeo publicado no Instagram, Lana afirma que o câncer de mama não existe e que o exame de mamografia poderia causar inflamações prejudiciais à saúde.
A sentença determina que a médica remova imediatamente as postagens e proíbe que ela continue a promover informações falsas sobre os riscos da mamografia. A juíza estabeleceu uma multa diária de R$ 1.500 em caso de descumprimento e reforçou que a profissional não deve divulgar tratamentos sem comprovação científica.
A juíza argumentou que as declarações de Lana representa "risco imenso e irresponsável" para a saúde pública, especialmente ao desqualificar métodos científicos de diagnóstico e tratamento do câncer de mama. A decisão afirma ainda que o conteúdo publicado coloca a população em risco ao promover desinformação sobre uma doença grave.