Justiça Eleitoral não quer ser 'instância de censura', diz ministro do TSE
Floriano de Azevedo Marques Neto ressaltou, no entanto, que TSE não pode deixar de atuar por ambiente 'mais limpo possível'
Foto: Google/Divulgação
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Floriano de Azevedo Marques Neto, disse, nesta segunda-feira (5), que a Justiça Eleitoral não quer atuar como 'instância de censura', mas não pode deixar de atuar por ambiente 'mais limpo possível'.
Segundo o ministro, o TSE trabalha junto às plataformas para que as redes sociais cumpram as leis e combatam as fake news.
"As últimas coisas que a Justiça Eleitoral quer são ser ineficiente e não quer ser uma instância de censura e de castração. Mas ela também não pode deixar de atuar no ambiente que seja mais limpo possível para o eleitor formar sua convicção", disse.
A declaração foi dada durante um encontro promovido pelo Google sobre as eleições de 2024, que ocorreu em São Paulo.
De acordo com Marques Neto, o TSE passa por um processo de adaptação com o tempo exigido pelas redes sociais e que, caso a Justiça eleitoral demore a agir "a eleição já foi e ela tem que usar remédios que não são os melhores, como cassar eleitos que receberam voto popular", afirmou.
Um dos exemplos citados pelo ministro é o uso de inteligência artificial nas campanhas eleitorais. Na visão dele, é necessário que os políticos e os usuários de redes sociais informem como e onde usaram a ferramenta em imagens e vídeos a favor ou contra candidatos.