• Home/
  • Notícias/
  • Brasil/
  • Justiça Federal da Bahia pede extradição de líderes de esquema internacional de tráfico de armas para o Brasil
Brasil

Justiça Federal da Bahia pede extradição de líderes de esquema internacional de tráfico de armas para o Brasil

Diego Hernan Dirísio, conhecido como "Senhor das Armas", e esposa Julieta Vanessa Nardi Aranda são acusados de fornecer milhares de armas para facções

Por Da Redação
Ás

Justiça Federal da Bahia pede extradição de líderes de esquema internacional de tráfico de armas para o Brasil

Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Justiça Federal da Bahia solicitou formalmente a extradição para o Brasil de Diego Hernan Dirísio, conhecido como "Senhor das Armas", e de sua esposa, Julieta Vanessa Nardi Aranda. O casal é apontado como líder de um esquema de tráfico internacional que teria fornecido cerca de 40 mil armas para facções criminosas brasileiras, incluindo o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC). Ambos foram detidos na Argentina em fevereiro e agora as autoridades desejam que cumpram suas penas no Brasil, conforme previsto no acordo de extradição entre os dois países.

O pedido de extradição foi assinado por um colegiado de juízes federais da Bahia, indicando que Diego Dirísio é apontado como chefe de uma organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de armas. Ele também é sócio-gerente da empresa internacional IAS, que operava o esquema criminoso. As acusações incluem tráfico internacional de armas, promoção de organização criminosa e ocultação de bens provenientes de infração penal. No caso de Julieta Aranda, a acusação é de participação em organização criminosa.

O esquema envolvia a compra de armas na Croácia e outros países europeus, que eram então enviadas ao Paraguai. Dirísio as revendia para grupos criminosos em Ciudad del Leste, na fronteira com Foz do Iguaçu (PR), de onde eram distribuídas para facções criminosas brasileiras. Interceptações revelaram áudios de chefes do tráfico de drogas e armas no Rio de Janeiro queixando-se da qualidade das armas recebidas.

A organização criminosa era composta por seis núcleos, incluindo o Núcleo Central, que coordenava a IAS-PY, e o Núcleo de Vendedores, responsável pela venda de armas para intermediários e compradores brasileiros. A investigação, iniciada em 2020 após apreensões de armas na Bahia, resultou em 67 operações que totalizaram 659 armas apreendidas em diversos estados brasileiros. As apurações indicam que o esquema movimentou milhares de pistolas, fuzis, rifles, metralhadoras e munições de fabricantes europeus.

A operação, conduzida pela Polícia Federal da Bahia em cooperação com o Ministério Público Federal e autoridades paraguaias, destaca a importância de enfrentar o tráfico internacional de armas, visando desarticular organizações criminosas e garantir que os responsáveis respondam perante a justiça brasileira.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário