Justiça marca para maio depoimentos de 40 testemunhas pela defesa de Lula
Processo apura se Lula favoreceu Odebrecht
Foto: Agência Brasil
Os depoimentos de testemunhas em uma ação penal que apura se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais dez pessoas atuaram para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) favorecesse a Odebrecht foi marcado pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, para maio. No total, são mais de 40 testemunhas listadas pela defesa de Lula que serão ouvidas, por videoconferência, entre 26 de maio e 8 de junho. Entre as testemunhas estão o ex-ministro Miguel Jorge e os assessores de Lula Paulo Okamotto e Clara Ant.
A defesa de Lula afirma que ele não cometeu crime e que a acusação é "frívola e sem qualquer base real".
"O ex-presidente Lula não praticou qualquer crime e essa acusação, tal como as demais, é frívola e sem qualquer base real. As próprias testemunhas arroladas pelo Ministério Público, como o colaborador Marcelo Odebrecht, afirmaram serem injustas as acusações contra Lula. As testemunhas de defesa certamente reforçarão esse cenário, que deverá levar à absolvição do ex-presidente", afirmou o advogado Cristiano Zanin.
Acusações
O ex-presidente Lula, o sobrinho da primeira mulher dele, Taiguara dos Santos, o empresário Marcelo Odebrecht e outros réus são acusados pelo Ministério Público Federal do Distrito Federal de crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção e tráfico de influência.Os crimes foram investigados a partir da Operação Janus, da Polícia Federal.
O Ministério Público Federal afirma denuncia Lula por ter atuado junto ao BNDES "e outros órgãos de Brasília" para favorecer a construtora Odebrecht em empréstimos para obras de engenharia em Angola. Segundo o MPF, a empreiteira pagou aos envolvidos valores que chegam a R$ 30 milhões.