Cultura

“Koanza: do Senegal ao Curuzu” encerra edição 2022 do Domingo no TCA

Solo utiliza a comédia para afirmar as lutas antirracistas

Por Da Redação
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“Koanza: do Senegal ao Curuzu” encerra edição 2022 do Domingo no TCA

Foto: Edgar Azevedo/Divulgação

A última edição de 2022 do Domingo no TCA acontece no próximo dia 04 de dezembro e quem sobe ao palco da Sala Principal do Teatro Castro Alves é o ator Sulivã Bispo, na peça “Koanza: do Senegal ao Curuzu”, dirigida por Thiago Romero e que, nesta edição especial, receberá participações de Ilê Aiyê, AfroBapho e Nildinha Fonseca. A sessão será às 11h, e os ingressos custam R$ 1 (inteira) e R$ 0,50 (meia) e são vendidos apenas no dia do evento, no local, a partir das 9h, com acesso imediato à plateia do teatro.

O espetáculo é protagonizado pela personagem Koanza, uma senhora riquíssima nascida no Senegal. Bem-sucedida no comércio de joias e tecidos senegaleses para a diáspora negra, makota (cargo feminino de grande valor no Candomblé), sofisticada e moradora do Corredor da Vitória, em Salvador, ela é uma mulher de saberes ancestrais, chique e consciente do mundo desigual em que vivemos, comprometida com um papel ativo na reafricanização e nas lutas antirracistas, que ela refina com empenho, elegância e humor.

“Koanza denuncia o racismo que sofro cotidianamente e tem uma força que eu não sei se tenho”, descreve Sulivã. “Ela trata as questões de uma forma muito didática e poética, e às vezes fala umas coisas difíceis que eu não sei o que ela está falando... E aí eu fico brincando se ela seria uma entidade ou o meu alter ego, mas a realidade é que eu admiro muito Koanza: ela é uma referência, como tantas mulheres que me cercam, me moldam e me ensinam muito”, completa o artista.

Em “Koanza: do Senegal ao Curuzu”, a personagem volta à Bahia, após um tempo morando na África, com a missão de combater o crescente domínio do cristianismo dos discursos que se voltam contra os cultos de matriz afro-brasileira. Ao chegar, ela encontra o Brasil imerso em um turbulento processo político e racial, tendo à frente um presidente evangélico. É quando ela se vê desafiada a salvar o Curuzu das mãos da opressão religiosa e política, e encontra muitas dificuldades para tal missão. Diante dessa encruzilhada, surge um espetáculo cômico.

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