Laudo de japonesa encotrada em propriedade da Casa Dom Inácio de Loyola indica traumatismo craniano

O laudo pericial do corpo da japonesa Hitome Akamatsu, de 43 anos, encontrado no último 16 de novembro pela Polícia Civil em uma cachoeira da Casa de Dom Inácio Loyola, em Abadiânia (GO), apontou que a médica morreu por traumatismo craniano. 

O principal suspeito foi identificado como Rafael Lima da Costa, de 18 anos, acusado de latrocínio (roubo com assassinato) e preso preventivamente na Unidade Prisional de Anápolis (GO), por determinação da Justiça. Ele será intimado novamente para prestar depoimento. 

De acordo com a delegada  Isabella Joy, chefe da Delegacia de Abadiânia, o material mostra que “uma vítima faleceu pela ação contundente do acusado. Isso é o contrário do que ele disse em depoimento. Aguardamos o segundo laudo solicitado, de lugar, e assim, iremos questionar o suspeito sobre as divergências ”, adianta.

Morte 

De acordo com as investigações da polícia, Akamatsu foi atacada por Rafael enquanto tomava banho de cachoeira, dentro da propriedade do centro em que João de Deus atuava antes de ser preso. Segundo o depoimento do principal suspeito, ele viu Hitome tomando banho em uma cachoeira e os pertences próximos. Mas ao revistar os pertences da vítima, não achou nada de valor. Ao se aproximar de Hitome, percebeu que ela não falava português e decidiu matá-la por receio de ser denunciado. 

“A vítima o empurrou e saiu. O interrogado (Rafael) retirou a camisa e passou pelo pescoço da vítima, enforcando-a. Ela desmaiou e, mesmo assim, continuou apertando. O suspeito soltou a vítima e aguardou por cinco minutos, quando ocorreu que ela havia morrido. Colocou a vítima nos ombros e a jogou em uma vala de enxurrada, enterrando-a com pedras, pois desejava que o corpo não fosse achado ”, conta no documento.

Contudo, com o resultado do laudo pericial, em que aponta que a japonesa foi assassinada com golpes na cabeça, Rafael Lima da Costa será intimado novamente para prestar depoimento.