Lei de cidadania que exclui muçulmanos é aprovada na Índia
A lei é de autoria do partido do primeiro-ministro, Narendra Modi, que foi reeleito em maio deste ano

Foto: Divulgação
Foi aprovada nesta quarta-feira (11) na Índia, a lei que garante cidadania a pessoas do Paquistão, Bangladesh e Afeganistão - que não sejam muçulmanas.
A Lei de Emenda à Cidadania busca garantir nacionalidade indiana a budistas, cristãos, hindus, parsis, jains e sikhs que escaparam dos três países por causa de perseguição religiosa antes de 2015. Todavia, a regra não foi estendida aos muçulmanos rohingya de Mianmar.
O Senado aprovou a lei por 125 votos a favor e 105 contra. Os deputados já haviam votado na segunda (9). Agora, o texto precisa ser assinado pelo presidente da Índia.
A lei é de autoria do partido do primeiro-ministro, Narendra Modi, que foi reeleito em maio deste ano. Modi disse que se trata de um marco para a Índia, e que a lei vai aliviar o sofrimento daqueles que sofreram perseguição durante anos.
No entanto, a mídia Indiana disse que é mais um esforço de Modi de marginalizar os cerca de 200 milhões de indianos que lá vivem.
Manifestações
Em resposta, manifestações começaram na região Nordeste do país. Os participantes afirmam que a lei vai diluir a cultura e a força política de tribos das regiões fronteiriças.
Eles queimaram pneus e bloquearam vias e trilhos. A polícia respondeu com balas de borracha e bombas de gás.