Coronavírus

Léo Prates critica protestos contra o fechamento de atividades não-essenciais, em Salvador

'Não existe dicotomia entre economia e saúde', disse o secretário de saúde

Por Da Redação
Ás

Léo Prates critica protestos contra o fechamento de atividades não-essenciais, em Salvador

Foto: Gilberto Junior - Farol da Bahia

Em entrevista nesta terça-feira (2), o secretário municipal de Saúde, Léo Prates, falou sobre os protestos ocorridos ontem (1º) na cidade contra o fechamento de atividades não-essenciais na capital baiana. O titular da pasta criticou o que chamou de "ideologização da ciência". 

"Mesmo a ciência mostrando que a taxa de cai usando máscara, tem gente que defende o não-uso da máscara. Essa ideologização da Saúde é uma coisa muito ruim que não acrescenta em nada neste momento. Não existe, essa dicotomia não existe", disse.

De acordo com Prates, a situação de pré-colapso do sistema de saúde impede que sejam adotadas medidas de incentivo à economia, como reabertura de bares, shoppings e centros comerciais. 

"Aí as pessoas começam a ficar doentes. Não tem empresa. Não tem trabalhador e não tem empresa. As pessoas começam a morrer, infelizmente. Pior ainda, não tem empresa se não tiver gente. Essa dicotomia que tentam estabelecer não existe. Justiça se faça: o governador Rui Costa, o ex-prefeito ACM Neto e o prefeito Bruno Reis têm sido homens sensíveis com a economia. Só adotamos medidas mais duras quando são extremamente necessárias. Uma coisa que quero dizer com muita clareza e que é uma escolha que nós, como sociedade, temos que fazer. O sistema de saúde está em pré-colapso. A gente vai abrir tudo? É uma decisão que a sociedade tem que tomar. Estamos caminhando a passos largos para colapsar. Não tenho nem lugar mais onde colocar", afirmou.

Léo Prates citou o exemplo do carnaval como proliferação de doenças respiratórias. "A maior prova científica para as medidas restritivas é o carnaval. Todo carnaval, após o carnaval, eu tenho um pico de doenças respiratórias. A famosa gripe do carnaval. Ou seja: aglomerar gera transmissão de doenças respiratórias. O coronavírus se manifesta por doenças respiratórias. Como é que isolar não reduz a transmissão das doenças respiratórias? São coisas que a própria Bahia prova que não são verdade", apontou o gestor municipal.
 

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