Levantamento revela que Senado gastou R$ 64 mil com telegramas desde 2018

Tido como um meio de comunicação obsoleto e que já caminha para extinção em vários países, o telegrama terá vida longa no Brasil no que depender dos membros do Senado. De acordo com um levantamento feito pelo site Metrópoles, a lista de parlamentares que usam dinheiro público nesse formato de correspondência. Apenas em 2020, era formada por 27 dos 81 congressistas. Considerando que alguns deles só utilizaram o serviço uma única vez.  

Nos últimos três anos, os senadores gastaram R$ 63.953,93 com esse meio de comunicação. Além disso, os números apontam que alguns parlamentares encerraram o ano passado com gasto médio de R$ 308 apenas com telegramas, mesmo com a Casa realizando sessões semipresenciais em função da pandemia de Covid-19.

Os valores são baixos se comparados com outras despesas parlamentares, como combustível, alimentação, telefonia e pessoal. No entanto, são gastos elevados para esse tipo de serviço, sendo que os Correios cobram R$ 10,30 para o envio de telegrama fonado, que tenham como remetente o Distrito Federal.

Apesar dos dados, o levantamento mostra, contudo, que a ferramenta tem sido, gradualmente, abandonada pelos parlamentares. Em 2018, o Senado gastou R$ 40.096,75 com telegramas. Um ano depois, o valor caiu pela metade, indo a R$ 18.120,18.

Em 2020, o gasto correspondeu a R$ 5.737. O montante é, inclusive, inferior ao total registrado nos quatro últimos meses de 2017 (R$ 17.085,46), época em que a Casa passou a divulgar os dados referentes as despesas com as mensagens.

Entre os senadores, quem mais gastou com o envio de telegramas foi o senador Tasso Jereissati, ex-governador do Ceará e ex-presidente nacional do PSDB. Que em 30 meses, gastou o equivalente a R$ 21.223,39 em telegramas. O que equivale, aproximadamente, a R$ 707 por mês com esse tipo de comunicação.