• Home/
  • Notícias/
  • Mundo/
  • Líder da ONU diz estar apreensivo com suposto uso de inteligência artificial por Israel em ataques
Mundo

Líder da ONU diz estar apreensivo com suposto uso de inteligência artificial por Israel em ataques

António Guterres pontuou sobre assuntos importantes da Faixa de Gaza

Por Da Redação
Ás

Líder da ONU diz estar apreensivo com suposto uso de inteligência artificial por Israel em ataques

Foto: Jean-Marc Ferré/ ONU

O secretário-geral da ONU, António Guterres afirmou na ou sexta-feira (5), que está “profundamente preocupado” com os relatos de que bombardeios militares israelenses que contém a inteligência artificial como ferramenta na identificação de alvos, especialmente em áreas residenciais densamente povoadas, “resultando num elevado nível de vítimas civis”.

António Guterres disse que decisões sobre vida e morte não podem ser delegadas “ao cálculo frio de algoritmos”; ele comentou também a morte de sete funcionários da World Central Kitchen e pediu, além de investigações independentes, uma “mudança de paradigma” nas operações militares.  

Durante discurso, ele ressaltou o alerta das mudanças e os perigos de transformar a inteligência artificial em armamento e de reduzir “o papel essencial da agência humana”. Para o líder das Nações Unidas, a IA deve ser usada para uma força do bem para beneficiar o mundo e não para “travar guerras em uma escala industrial, dificultando o processo de responsabilização”.

Outro assunto tratado pelo Gueterres foi o assassinato de sete trabalhadores humanitários da World Central Kitchen, afirmando que o governo israelense reconheceu erros. 

“O problema essencial não é quem cometeu os erros, mas sim os procedimentos militares em vigor que permitem que esses erros se multipliquem continuamente”. Segundo ele, o sistema que permite que este tipo de erro seja cometido várias vezes é que precisa mudar. “Precisamos de uma mudança de paradigma”, acrescentou. 

Condenações ao Hamas

O chefe das Nações Unidas destacou sobre a velocidade, escala e ferocidade desumana que faz a guerra se acender em Gaza. "O mais mortal dos conflitos para os civis, para os trabalhadores humanitários, para os jornalistas, para os profissionais de saúde e para funcionários da ONU”.

Ele também destacou o alerta para o fato de o conflito ser marcado por uma guerra de informação, “obscurecendo os fatos”. Ele disse ainda que negar a entrada de jornalistas internacionais em Gaza está “permitindo o florescimento da desinformação e de narrativas falsas”.

Com o conflito completando seis meses neste domingo, Guterres afirmou que “o dia 7 de outubro é um dia de dor para Israel e para o mundo”. Ele condenou os “abomináveis ​​ataques terroristas em Israel lançados pelo Hamas”. 

Além disso, o chefe da ONU deplorou veementemente o “uso da violência sexual e tortura, as agressões e os raptos de civis, o lançamento de foguetes contra alvos civis e a utilização de escudos humanos”.

Direito internacional “destroçado”

O secretário-geral ressaltou que, nos últimos seis meses, a campanha militar israelense trouxe “morte e destruição implacáveis” ​​aos palestinos em Gaza, com estimativas de mais de 32 mil pessoas mortas e mais de 75 mil feridas, a grande maioria mulheres e crianças.

“Quando os portões da ajuda são fechados, as portas da fome se abrem”. Mais da metade da população de Gaza enfrenta níveis catastróficos de fome. As crianças em Gaza estão morrendo por falta de comida e água. Guterres afirmou que isso é “incompreensível e totalmente evitável”, disse o presidente da ONU.
 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br

Faça seu comentário

Nome é obrigatório
E-mail é obrigatório
E-mail inválido
Comentário é obrigatório
É necessário confirmar que leu e aceita os nossos Termos de Política e Privacidade para continuar.
Comentário enviado com sucesso!
Erro ao enviar comentário. Tente novamente mais tarde.