Líder do governo na Câmara nega falta de base e quer votação do arcabouço fiscal até junho
Segundo Guimarães a base do governo ainda não foi colocada à prova na Câmara
Foto: José Cruz/Agência Brasil
José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, negou na segunda-feira (10), que o governo não tenha consolidado uma base de apoio na Casa e disse que deseja que o projeto do novo arcabouço fiscal e a reforma tributária sejam votados até o final de junho.
“O Brasil tem pressa. Meu desejo como líder do governo é votar essas matérias até o final de junho para entrar julho, agosto, quando formos votar o Orçamento, as coisas estarem estabilizadas e prepararmos um novo Orçamento com base na nova realidade tributária do país”, afirmou durante entrevista por ocasião dos 100 dias do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo Guimarães a base do governo ainda não foi colocada à prova na Câmara e que os dois grandes testes serão as votações da reforma tributária e o do novo arcabouço fiscal.
“A base está, a cada semana, subindo um degrau. Desde o começo a gente diz que a prioridade é o arcabouço e a reforma tributária, tudo mais é acessório”, disse.
Votações no Congresso
Questionado sobre a relação do Executivo com o Congresso, Guimarães disse que, mesmo já tendo se passado 100 dias de governo, não havia nada no Legislativo que interessasse ser votado.
"O que tinha nós votamos", disse o deputado. "Das medidas provisórias do [ex-presidente Jair] Bolsonaro, nós votamos todas. Eram MPs do Bolsonaro, mas que interessavam ao atual governo."
Juros
O líder fez coro ao presidente Lula e criticou a política de juros do Banco Central, a qual chamou de “genocida”. “Essa política de juros alta é incompatível com o esforço que o governo está fazendo”, afirmou. Compromete o investimento público, compromete o emprego.”