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Bahia

Lideranças cobram reconstrução de terreiro de jarê destruído na Chapada Diamantina em ação do Instituto Chico Mendes

MP-BA instaurou procedimento para cobrar do Poder Público adoção de medidas eficazes voltadas ao reconhecimento formal da prática de Jarê

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Lideranças cobram reconstrução de terreiro de jarê destruído na Chapada Diamantina em ação do Instituto Chico Mendes

Foto: Reprodução/TV Bahia

A destruição do terreiro Peji da Pedra Branca, localizado dentro do Parque Nacional da Chapada Diamantina, no dia 21 deste mês, gerou revolta entre os praticantes do jarê na região.

Lideranças cobram a reconstrução do templo, que foi demolido durante uma ação de agentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

De acordo com a denúncia da comunidade local, o terreno pertence à família de Gilberto Tito de Araújo, o Mestre Damaré, há 45 anos. Portanto, antes da criação do Parque Nacional, fundado em 1985 com o intuito de preservação ambiental e histórico-cultural.

“O que foi perdido na destruição do terreiro não tem preço, todos os assentamentos às entidades e as imagens antigas. Mas, queremos que os órgãos responsáveis construam um novo terreiro para o Damaré porque o que eles fizeram não foi certo”, afirmou Sandoval Amorim, presidente da associação e filho de um dos maiores líderes do jarê, o falecido Pedro de Laura, é uma das lideranças que cobra medidas após a destruição.

A prefeitura de Lençóis acompanha o caso e cobrou esclarecimentos ao ICMBio. Por meio de nota, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) informou que "instaurou procedimento para cobrar do Poder Público a adoção de medidas eficazes voltadas ao reconhecimento formal da prática de Jarê enquanto patrimônio cultural e a implementação de um plano de salvaguarda no município". 

O procedimento foi instaurado pela Promotoria Regional Ambiental do Alto Paraguaçu, em colaboração com o Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (Ceama) e do Núcleo de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Nudephac).

Já o ICMBio afirmou que sabia da existência de dois terreiros ali na região e que o que foi apontado como destruído era um imóvel recentemente construído e sem ocupantes, que do lado de fora não parecia ser diferente dos outros imóveis. 

O instituto disse ainda reconhecer os direitos das comunidades tradicionais residentes no Parque Nacional e que se houver a intenção de construção de novas residências ou imóveis com finalidades religiosas, elas podem ser autorizadas como já aconteceu em outras ocasiões.

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