Lira diz que parlamentares precisam ter "voto e voz preservados"
Comentário é feito em defesa da PEC ligada a prisão em flagrante de parlamentares
Foto: Reprodução/Poder 360
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) saiu nesta quinta-feira (25) em defesa da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que restringe a prisão em flagrante de parlamentares por crimes inafiançáveis. "O Congresso Nacional vota contra organizações criminosas e grupos de interesses muito fortes. O parlamentar precisa ter a imunidade em relação ao voto e a voz preservados", disse Lira, em entrevista antes de entrar em reunião com líderes partidários.
A proposta, colocada em discussão uma semana depois da prisão de Daniel Silveira (PSL-RJ), recebeu críticas por ter sido levada ao plenário da Casa sem passar por nenhuma comissão para discutir sua constitucionalidade. "Pediria muita cautela na análise precoce dos fatos”, solicitou Lira. Ele afirma o texto da PEC ainda pode ser discutido entre as lideranças partidárias. "É muito fácil fazer o discurso do paladino da moralidade e no bastidor participar da reunião para chegar ao plenário com outra versão", declarou.
O parlamentar também recordou que os deputados reconheceram a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) ao validar a detenção de Silveira. O presidente da Câmara disse ainda que vai conversar com os líderes partidários no início da próxima semana para tratar da instalação das comissões a partir da próxima quinta-feira (4).