Lira diz que prisão de Bolsonaro não se justifica e 'reabre feridas da polarização'
Lira afirmou que a prisão também "reabre as feridas da polarização política"

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
VICTORIA AZEVEDO
O ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) criticou a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste sábado e afirmou que ela "não se justifica".
A Polícia Federal prendeu preventivamente Bolsonaro nesta manhã, na reta final do processo da trama golpista. Ele está na superintendência da Polícia Federal em Brasília. A PF decretou prisão preventiva, sob a justificativa de garantia da ordem pública diante de uma vigília convocada por Flávio.
Em publicação nas redes sociais, Lira afirmou que a prisão também "reabre as feridas da polarização política" e que nenhum país pode se orgulhar de ter seus últimos presidentes presos.
"A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro não se justifica e reabre as feridas da polarização política que turva o futuro do Brasil. Nenhum país pode se orgulhar de ter seus últimos presidentes presos. Já faz mais de uma década que essa marcha e contramarcha prejudica a economia, a geração de empregos e criminaliza a política", escreveu Lira, nas redes sociais.
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, também criticou a prisão de Bolsonaro em publicação nas redes e prestou solidariedade ao ex-presidente. Ele afirmou que a detenção é um triste episódio na história da política brasileira e falou em medida "jurídica tão severa injusta".
"A prisão do presidente Bolsonaro é mais um triste episódio nesta época tão turbulenta da política brasileira. Registro minha incompreensão por uma medida jurídica tão severa e injusta, especialmente quando sua saúde inspira cuidados. Minha solidariedade ao presidente Bolsonaro", escreveu Kassab.
O dirigente partidário é secretário do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), apontado como possível adversário de Lula nas eleições do próximo ano.
No começo de setembro, Lira visitou Bolsonaro na casa do ex-presidente, onde ele cumpria prisão domiciliar. O encontro durou cerca de uma hora, e, segundo relatos, o próprio deputado pediu o encontro para prestar solidariedade.
A visista ocorreu na véspera do início do julgamento da Primeira Turma do STF sobre a trama golpista de 2022.
Na campanha de 2022, Lira declarou apoio à eleição de Bolsonaro e participou de ato ao lado do ex-presidente.


