Los Lobos: facção criminosa que reivindicou morte de presidenciável lidera tráfico

O assassinato de Fernando Villavicencio, candidato presidencial do Equador, foi reivindicado pela facção Los Lobos, apontada pelo observatório InSight Crime como o segundo maior grupo criminoso do país, contando com mais de 8 mil membros distribuídos nas prisões equatorianas. Nos últimos anos, o grupo esteve envolvido em diversos massacres sangrentos em prisões equatorianas, que deixaram mais de 315 presos mortos só em 2021. A informação é do jornal O Globo.

O grupo atua principalmente com tráfico de drogas e mineração ilegal. Em maio de 2022, a facção foi responsável por uma rebelião que deixou 43 mortos em um presídio de Santo Domingo. Outra organização criminosa, conhecida como Los Choneros, já havia ameaçado o candidato. Durante muitos anos, Los Choneros, filiada ao Cartel de Sinaloa no Equador, dominou a cena criminosa no país.

Analistas destacam três fatores essenciais para o aumento da violência no país: a desestruturação de importantes estruturas de segurança a partir de 2017, agravada pela crise econômica durante a pandemia, e a reconfiguração das rotas do narcotráfico na região, que estabeleceu o Equador como um dos principais polos de refino de drogas. Em decorrência das rivalidades entre facções, as taxas de homicídio no Equador dispararam, saltando de 5,6 por 100 mil habitantes em 2017 para 25,32 por 100 mil habitantes no ano passado, atingindo o nível mais alto de sua história.