Luís Roberto Barroso defende Moraes e chama caso de 'tempestade fictícia'
Segundo presidente do STF, informações não foram solicitadas pelo colega de forma ilegal
Foto: Nelson Jr./STF
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, classificou como "tempestades fictícias" os relatos de que o ministro Alexandre de Moraes teria solicitado informações ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fora dos ritos oficiais da Justiça.
"Todas as informações solicitadas pelo ministro Alexandre de Moraes referiam-se a pessoas que já estavam sendo investigadas. Informações voltadas à obtenção de dados referentes a condutas de reiteração de ataques à democracia e de ataques de ódio", afirmou Barroso nesta quarta-feira (14), na abertura da sessão da Suprema Corte.
A declaração foi feita um dia após o site da "Folha de S. Paulo" relatar que Moraes teria feito pedidos informais a órgãos do TSE, que ele presidia, para obter informações usadas em investigações no STF sobre bolsonaristas.
"Não houve nenhum tipo de investigação de natureza policial ou investigação que dependesse sequer de reserva judicial. Era acompanhamento de dados, informações, notícias em redes sociais para investigar se ali havia alguma conduta criminosa ou que estava sendo investigada no âmbito de inquéritos no STF", reforçou o ministro.
Barroso também afirmou que, como Moraes era ministro do STF e presidente do TSE, era natural que ele buscasse informações no tribunal eleitoral. Ele acrescentou que "ninguém oficia a si próprio", indicando que Moraes não precisava, de fato, ter notificado oficialmente o TSE de cada informação que solicitou.