Lula abriga aliados em cargos de conselhos de estatais com ganhos de até R$ 40 mil
Assentos são entregues para contemplar apoiadores e garantir controle das decisões nas companhias
Foto: Ricardo Stuckert/PT
O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou a colocar os aliados em cargos estratégicos de empresas públicas que rendem até R$ 40 mil extras por reuniões mensais ou bimestrais. Esses assentos são entregues para contemplar os apoiadores, garantir controle nas decisões sobre os rumos das companhias e incrementar as remunerações de ministros e executivos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Em 2022, 77 empresas públicas repassaram R$ 14,6 milhões em honorários e jetons para 460 pessoas.
As primeiras alterações no governo Lula já foram realizadas no Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), após a renúncia, em janeiro, de seis nomeados pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).
Entre os novos membros da equipe estão a ex-ministra de Meio Ambiente Izabella Teixeira, que atuou no segundo mandato de Lula e no governo de Dilma Rousseff (PT), e o climatologista Carlos Nobre.
Outros nomes são o chefe da assessoria especial da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República e ex-assessor do gabinete da liderança do PT no Senado, Jean Keiji Uema; e o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas.
Para a presidência do conselho foi escolhido o economista Rafael Lucchesi, ex-secretário de Ciência e Tecnologia do governo do petista Jaques Wagner, na Bahia.
Outras mudanças também estão previstas em outros conselhos. Na Itaipu Binacional, indicações de Jair Bolsonaro devem perder em breve os cargos. O governo Lula está preparando as substituições, segundo petistas. Os novos nomes estão sendo analisados pela Casa Civil.