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Lula acredita em acordo com a União Europeia e critica protecionismo

Declação foi feita neste sábado (24) antes de retornar ao Brasil

Por Da Redação
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Lula acredita em acordo com a União Europeia e critica protecionismo

Foto: Ricardo Stucker

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado (24), que mantém a esperança de um acordo entre o Mercosul e a União Europeia, destacando que a resposta dos países do Sul em relação à carta adicional dos países europeus será dada até o final do ano. Lula atribuiu as dificuldades na aprovação do acordo ao protecionismo, que tem sido um obstáculo. Ele fez essas declarações durante uma coletiva de imprensa em Paris, antes de retornar ao Brasil após cumprir agenda na Itália e na França.

Para o presidente, um acordo entre a União Europeia e o Mercosul beneficiaria os dois países. Ele mencionou a necessidade de responder à carta adicional da União Europeia e previu que uma decisão sobre o assunto será tomada até o final do ano.

“O fato de ter dois pontos nervosos e dois pontos considerados essenciais para os dois lados, a gente não pode fazer acordo com esses, mas vamos melhorar outras coisas. Precisamos fazer o acordo com a União Europeia e a União Europeia precisa do Mercosul, com a América do Sul e com a América Latina. Ficamos de responder a carta adicional da União Europeia e penso que até o final do ano a gente tem uma decisão sobre o assunto”, declarou à imprensa.

Lula também abordou a situação do presidente francês Emmanuel Macron, que enfrenta dificuldades no Congresso francês devido à defesa da agricultura do país. Lula destacou que é normal um país proteger seus interesses agrícolas, mas ressaltou a importância de se buscar um acordo e de não permitir que o protecionismo prejudique esse processo.

O presidente criticou o protecionismo adotado pelos países mais ricos, apontando que, nas últimas décadas, houve uma valorização da abertura e do livre comércio, mas quando se trata de competir em igualdade de condições, os países ricos se tornam protecionistas.

Durante sua estadia na França, Lula teve uma reunião bilateral com o presidente Emmanuel Macron, na qual discutiram a aprovação de uma resolução pela Assembleia Nacional francesa contra a ratificação do acordo Mercosul-União Europeia. Lula expressou sua oposição à flexibilização das regras sobre compras governamentais previstas no acordo.

Além disso, Lula ressaltou a importância do tema para a reunião da Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe (Celac), prevista para ocorrer em julho em Bruxelas, Bélgica. Ele mencionou a possibilidade de uma nova rodada de negociações para buscar um acordo também na Celac.

Em relação ao encontro cancelado com o príncipe da Arábia Saudita, Mohamed Bin Salman, Lula esclareceu que deseja conversar com todos os interessados em investir no Brasil para avaliar a qualidade desses investimentos. Ele anunciou que pedirá ao Itamaraty para convocar Bin Salman a visitar o Brasil e discutir negócios com empresários brasileiros, especialmente na área de transição energética.

Lula reforçou que o cancelamento do encontro não está relacionado ao assunto das joias presenteadas a Jair Bolsonaro, destacando que, independentemente disso, o Brasil está aberto para receber investimentos sauditas que possam impulsionar o crescimento econômico do país.

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