Lula afirma que o G20 é o evento mais importante que o Brasil está envolvido no momento

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), formalizou nesta quinta-feira (23) a instalação da comissão encarregada de coordenar a presidência brasileira no G20. Com a liderança a ser assumida em 1º de dezembro, o país delineou uma série de eventos e atividades que culminarão na cúpula do G20, marcada para novembro de 2024, no Rio de Janeiro. Essa liderança se segue à presidência da Índia e antecede a da África do Sul.

Durante a reunião inaugural com ministros, Lula enfatizou a relevância do G20 para o Brasil, reconhecendo a falta de experiência direta, mas destacando a disposição para aprender com quem já liderou anteriormente. Ele também exortou os ministros a se envolverem plenamente no calendário de trabalho.

"Significa que vocês vão ter que trabalhar mais do que já estão trabalhando, se virar em dois ou em duas pra atender as necessidades da organização do G20 e para que a gente não possa deixar a peteca cair", declarou o presidente.

Lula ressaltou as inovações planejadas pela presidência brasileira do G20, incluindo a criação do G20 Social, um fórum de participação que visa incluir a sociedade civil nas discussões e formulações de políticas relacionadas à Cúpula.

Ele expressou o desejo de reunir a sociedade "sem veto a nenhum segmento, para construir propostas e ter algo concreto a dizer ao povo brasileiro e ao mundo, algo que a gente possa mudar".

Além disso, a presidência brasileira marcará a formação de duas forças-tarefa: uma para o lançamento de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e outra para a Mobilização Global contra a Mudança Climática, além de uma iniciativa sobre Bioeconomia.

O presidente revelou que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), está encarregado de organizar um encontro de mulheres parlamentares durante o G20.

O ministro das Relações Exteriores, embaixador Mauro Vieira, delineou o calendário das atividades ligadas ao G20, dividido em três fases que incluem reuniões por videoconferência, encontros técnicos presenciais em várias cidades brasileiras e reuniões ministeriais presenciais.

"Se o ano de 2023 marcou o retorno do Brasil ao mundo, 2024 será o ano em que o mundo voltará ao Brasil", concluiu o chanceler brasileiro.