Lula anuncia conversa com Zelensky e defende mediação para a paz na Ucrânia

Presidente brasileiro reafirma posição do Brasil como intermediador

Por Da Redação
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Lula anuncia conversa com Zelensky e defende mediação para a paz na Ucrânia

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou neste sábado (29) que conversará com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na próxima semana para discutir a guerra com a Rússia. A declaração foi feita durante coletiva de imprensa em Hanói, no Vietnã. Lula ressaltou que espera que o líder ucraniano esteja mais disposto a buscar uma solução pacífica.

O presidente reiterou que o Brasil condena a invasão russa, mas reforçou a necessidade de negociação entre as partes envolvidas. “Se os dois estiverem dispostos a negociar, será muito melhor para Ucrânia, muito melhor para Rússia, muito melhor para Europa e muito melhor para o mundo”, afirmou. O presidente brasileiro também destacou o papel do Brasil, junto à China, na tentativa de intermediar o conflito e promover um cessar-fogo.

Ainda na coletiva, Lula confirmou a intenção de visitar a Rússia em 9 de maio para um evento alusivo aos 80 anos da vitória na Segunda Guerra Mundial. A relação do presidente brasileiro com Zelensky tem sido marcada por atritos desde o início do governo. O ucraniano já criticou o Brasil por, segundo ele, priorizar alianças com a Rússia e não assumir um papel mais ativo na mediação do conflito.

Lula também comentou sobre o papel dos Estados Unidos no cenário geopolítico e elogiou a postura do ex-presidente Donald Trump em buscar negociações para um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia. Ele criticou o atual presidente norte-americano, Joe Biden, por não ter assumido essa iniciativa.

O recente acordo para cessar combates no Mar Negro, articulado com mediação internacional, já enfrenta dificuldades. Enquanto a Ucrânia aceitou integralmente a proposta, a Rússia condicionou a adesão à remoção de restrições impostas às exportações agrícolas. Em meio às divergências, ambos os países trocaram acusações de violações da trégua, o que mantém a incerteza sobre a efetividade da negociação.

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