Lula critica desigualdade e extremismo em evento da OIT

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, durante o evento da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Genebra, que a "mão invisível do mercado" intensifica a desigualdade e defendeu que a contestação ao sistema não deve ser monopolizada pela extrema-direita. O petista ressaltou a importância da participação política e social para enfrentar o extremismo. Ele fez referência à necessidade de combater a informalidade, a precarização do trabalho e a persistência da pobreza, apesar da projeção de leve queda na taxa de desemprego mundial.

O presidente enfatizou a relevância da justiça social e da luta contra as desigualdades, destacando a prioridade dessas questões para o Brasil como presidente do G20. Além disso, mencionou a "coalizão global pela justiça social" como uma iniciativa significativa para abordar esses temas.

Em relação à governança global, Lula anunciou o compromisso do Brasil em ratificar uma emenda das regras da OIT, visando eliminar os assentos permanentes dos países mais industrializados no conselho da entidade. Ele enfatizou a importância de uma representação adequada dos países em desenvolvimento nos principais órgãos de governança global.

No evento, o presidente reafirmou o compromisso do país em zerar o desmatamento na Amazônia até 2030. Ele destacou a urgência de combater as mudanças climáticas, citando eventos extremos recentes no Brasil, no Quênia, na China, na Europa e no continente africano como evidências da gravidade da situação.

Lula criticou ainda os gastos em conflitos armados ao redor do mundo, reiterando a necessidade de encerrar as guerras entre Ucrânia e Rússia e Israel e Hamas. Ele enfatizou a importância de evitar o derramamento de sangue, especialmente entre mulheres e crianças, nessas regiões afetadas pelos conflitos.