Lula diz que Conselho de Segurança da ONU não deve fomentar a guerra
No Egito, presidente defendeu uma mudança na estrutura do órgãos
Foto: Ricardo Stuckert / PR
Em coletiva de imprensa no Egito na manhã desta quinta-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que os países-membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas devem defender a paz, e não fomentar a guerra. O petista fez essa declaração após se reunir com o presidente do Egito, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, durante uma visita ao Cairo.
"É preciso que haja uma nova geopolítica na ONU. É preciso acabar com o direito de veto dos países. E é preciso que os membros do Conselho de Segurança sejam atores pacifistas, e não atores que fomentem a guerra", disse Lula.
“A invasão ao Iraque não passou pelo Conselho de Segurança da ONU, a invasão à Líbia não passou pelo Conselho de Segurança da ONU… A Rússia não passou pelo Conselho de Segurança para fazer a guerra na Ucrânia. E o Conselho de Segurança não pode fazer nada na guerra entre Israel e Faixa de Gaza. A única coisa que se pode fazer é pedir paz pela imprensa", completou.
Desde o primeiro mandato presidencial, Lula defende uma mudança na estrutura de órgãos como o Conselho de Segurança da ONU, cuja composição é a mesma desde o pós-Segunda Guerra Mundial. As críticas se tornaram mais fortes em meio aos conflitos Rússia-Ucrânia e Israel-Hamas.