Lula diz que não há atalho na democracia, mas que é preciso estar vigilante contra falsos democratas
Presidente participou da reunião de cúpula do Mercosul em Assunção, no Paraguai
Foto: Ricardo Stuckert / PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (8), durante a reunião de cúpula do Mercosul em Assunção, Paraguai, que "não há atalhos para a democracia" e destacou a necessidade de permanecer vigilante contra “falsos democratas”. Ele mencionou os atos de 8 de janeiro no Brasil e a tentativa de golpe na Bolívia.
"Mais uma vez, o Mercosul permaneceu unido em defesa da plena vigência do Estado de Direito consagrado no Protocolo de Ushuaia. A reação unânime ao 26 de junho na Bolívia e ao 8 de janeiro no Brasil demonstram que não há atalhos à democracia em nossa região, mas é preciso permanecer vigilante. Falsos democratas tentam solapar as instituições e colocá-las à serviço de interesses reacionários", disse Lula.
"Democracia e desenvolvimento andam lado a lado. Os bons economistas sabem que o livre mercado não é uma panaceia para a humanidade", prosseguiu.
O Mercosul é composto por Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai e deve formalizar a entrada da Bolívia. Ao fim da reunião, o Uruguai assume o comando semestral do grupo. Nesta segunda, a cúpula ocorreu sem a presença do presidente da Argentina, Javier Milei, o que causou desconforto nos demais integrantes do bloco sul-americano.