Lula não confirma candidatura à Presidência, mas faz promessas políticas

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (25) que ainda não é certa a sua candidatura para presidência da república nas eleições de 2022.  Ele chegou a Salvador após uma caravana em diversos estados do nordeste, consequentemente, região onde o PT ganhou mais voto nas eleições passadas. 

"Eu não posso confirmar por uma razão muito simples, nós determinamos no PT que é importante que a gente dedicasse esse ano para que a gente fizesse uma grande campanha e uma grande pressão para conseguir vacinar todo povo brasileiro (...) Quando chegar o momento vamos discutir campanha eleitoral. Isso é outra história, que vamos ver como estão as alianças construída pelo PT, com quem que a gente vai contar em cada estado e assim vou decidir se vou me candidatar a presidência da república.", disse em entrevista a uma rádio de Salvador nesta quarta.

Além disso, Lula também citou os ataques que tem recebido de Ciro Gomes (PDT). "Na condição que ele está, ele tem que atacar, então ele ataca o Bolsonaro e o Lula. Ele é inteligente e ele ataca quem ele quiser. Eu não atacar ele, cada um faz a política como quiser", completou Lula.

Recentemente, Ciro já afirmou que o seu alvo na corrida eleitoral de 2022 é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Eu vou pra cima dele [Lula], é o maior corruptor da história brasileira”, disse em entrevista publicada pelo jornal Valor Econômico. 

Em outro momento, ele citou os trabalhos da CPI da Covid, Comissão parlamentar de inquérito em andamento na República Federativa do Brasil que investiga supostas omissões e irregularidades nas ações do governo federal durante a pandemia de COVID-19 no Brasil.

"A CPI está fazendo um trabalho primoroso. As pessoas estão percebendo que a demora da vacina faz parte de uma intromissão de pessoas que querem ganhar dinheiro por trás".

Vale lembrar que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a inclusão do presidente Jair Bolsonaro como investigado no inquérito que apura a divulgação de informações falsas. A apuração levará em conta os ataques feitos pelo presidente às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral do país.

Para Lula, a afirmação de Bolsonaro é como "voltar as épocas do dinossauros". "Se fosse possível roubar com voto eletrônico, eu teria ganhado duas eleições? a Dilma teria ganhado? eu acho que não. É importante lembrar que eu era contra a voto eletrônico no começo, mas ele permitiu uma mulher que tinha sido presa foi presidenta, ele permitiu que um funcionário metalúrgico. Não precisamos mexer no que funciona. Até hoje não tem prova de roubo, na hora que tiver, a gente muda. Mas mudar só pra gerar confusão.", disse.

Mesmo não confirmando a candidatura, Lula afirmou que pretende "continuar" com o auxílio emergencial e promete realizar mais campanhas de incentivo da vacinação contra a Covid-19.