Lupi assume responsabilidade pela indicação de Stefanutto à presidência do INSS

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou nesta quarta-feira (23) que a indicação de Alessandro Stefanutto para a presidência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi de sua "inteira responsabilidade". Stefanutto foi afastado do cargo após a operação "Sem Desconto", deflagrada pela Polícia Federal (PF) para investigar fraudes em benefícios entregues a aposentados e pensionistas.

"A indicação do Stefanutto é da minha inteira responsabilidade. Doutor Stefanutto é procurador da República, um servidor que — até o presente momento —me tem dado todas as demonstrações de ser exemplar. Fez parte do grupo de transição, vamos agora aguardar o processo que corre em segredo de Justiça", disse o ministro.

Além disso, Lupi revelou querer "punir exemplarmente qualquer cidadão ou cidadã que tenha cometido erros, malfeitos, crimes."

Já sobre a possibilidade de demissão do presidente do INSS, o ministro afirmou ser cedo para tomar essa decisão. "Se o processo está em curso de investigação, não sou eu que tenho que concluir o processo [...]. Não posso tomar nenhum tipo de decisão sem ter o final dessa investigação", declarou Lupi.

"Foi um afastamento provisório determinado pela Justiça para que isso não impeça que a investigação se tenha um curso com a profundidade merecedora. Temos que aguardar, temos que ter tranquilidade e, principalmente, repito um preceito constitucional: todo mundo é inocente até que se prove o contrário", continuou.

Mais cedo, o presidente do PSB, ao qual Stefanutto é filiado, Carlos Siqueira, afirmou que o partido não foi consultado para a indicação dele à presidência do INSS.

"Embora ele seja do PSB, foi escolhido pelo ministro Lupi sem qualquer indicação do PSB. PSB não foi quem indicou ele, foi escolha do ministro Carlos Lupi. O PSB não foi consultado sobre essa indicação", pontuou.