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Macaé toma posse e critica capitalismo e visão de que direitos humanos é para defender bandido

A cerimônia de posse aconteceu no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Lula (PT) e da primeira-dama, Janja

Ás

Atualizado
Macaé toma posse e critica capitalismo e visão de que direitos humanos é para defender bandido

Foto: Ricardo Stuckert/PR

A nova ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, tomou posse oficialmente nesta sexta-feira (26) e afirmou que uma de suas funções e reverter a concepção de parte da sociedade de que "direitos humanos é coisa de bandido".

"Tomo posse como ministra sem perder de vista que a minha maior credencial é ser uma pessoa absolutamente comum, mulher, preta, professora e assistente social", afirmou.

"Infelizmente na nossa sociedade brasileira, muita gente tem concepção que direitos humanos é uma coisa de quem defende bandido. A gente tem um desafio fundamental para construir a ação destes ministérios. A gente precisa entender a tensão entre afirmação e negação dos direitos humanos.

Macaé Evaristo ainda criticou o que descreveu como uma "nova investida do capitalismo". "No cenário global, a gente enfrenta uma nova investida do capital que aposta na segregação social, racial e ambiental para legitimar a opressão e extermínio de milhões de pessoas comuns, como eu", acrescentou

A cerimônia de posse aconteceu no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Lula (PT) e da primeira-dama, Janja.

Também houve grande participação das ministras mulheres do governo. Uma das presentes era Anielle Franco, da Igualdade Racial, que seria uma das vítimas de assédio sexual no caso que levou à demissão do antigo ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.

Lula demitiu Silvio Almeida na noite do dia 6 de setembro após o surgimento de acusações de assédio sexual contra ele. A organização Me Too Brasil disse que recebeu os relatos e prestou auxílio às supostas vítimas.

Silvio Almeida vem negando as acusações. "Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país", afirmou.

"Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro", disse.

Durante a cerimônia de posse, uma irmã da nova ministra, a escritora, a escritora Conceição Evaristo poema de sua autoria. Em "Vozes Mulheres", que descreve o passado de escravidão dos antepassados negros e o eco de liberdade das novas gerações.

A nova ministra é deputada estadual do PT em Minas Gerais e tem um histórico de militância e atuação política voltada para a educação e o combate ao racismo e a desigualdades.

Não é a primeira vez que ela integra o governo federal. De 2013 a 2014, durante o governo Dilma Rousseff (PT), comandou a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), do Ministério da Educação.

Após Lula vencer a eleição contra Jair Bolsonaro (PL), ela integrou a equipe de transição e chegou a ser cotada para voltar ao governo. Mas, eleita deputada estadual em Minas, decidiu assumir seu mandato.

Macaé Evaristo é ré em uma ação civil pública que aponta superfaturamento na aquisição de kits escolares na rede municipal de ensino de Belo Horizonte.

O processo trata da época em que a ministra foi secretária de Educação na cidade, na gestão do ex-prefeito Marcio Lacerda (então no PSB). Ela ocupou o cargo de 2005 a 2012. Ela respondeu que não coube a ela comandar esse processo licitatório.
 

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