Maduro revela que militares da Venezuela foram presos por apoiar suposto complô dos EUA
A Força Armada venezuelana "não vai se ajoelhar nunca mais aos gringos, nem se colocar nunca mais a serviço da oligarquia deste país", diz Maduro
Foto: Francisco Batista/Venezuelan Presidency/AFP
Em entrevista transmitida neste domingo (17), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, revelou que vários militares do país foram presos acusados de apoiar supostos planos dos Estados Unidos e da Colômbia para derrubar o governo.
"Nos últimos meses (...) desmembramos, com participação própria de oficiais de nossa Força Armada, mais de 47 tentativas de capturar oficiais para colocá-los a serviço da estratégia da Colômbia e dos gringos", afirmou Maduro à emissora privada Televen.
Sem detalhar quando e quantas prisões ocorreram, Maduro revelou que muitos cederam e outros foram comprados. "Tem gente presa por isso, alguns cederam e foram comprados e simplesmente foram descobertos ou interceptados pela informação de oficiais patriotas", destacou o presidente venezuelano.
Ainda de acordo com Maduro, com a prisão desses militares buscava-se "roubar mísseis" na Venezuela, além de "tentar anular o sistema" de aviões Sukhoi, de radares fixos e móveis, e "o sistema de torpedos e defesa de mísseis da Armada Bolivariana".
Enfrentando a pior crise da história recente do país petroleiro, Maduro garantiu que mantém "inteligência permanente" destinada a detectar tentativas de "dividir e debilitar" a força armada, considerada pela oposição e por analistas o principal apoio do governo.
Segundo o presidente, a Força Armada venezuelana "não vai se ajoelhar nunca mais aos gringos, nem se colocar nunca mais a serviço da oligarquia deste país", garantiu Maduro, que culpa Washington de apoiar o "golpe de Estado" que forçou a renúncia de Morales.