Maia defende renda de R$ 500 a informais
Presidente da Câmara ainda disse que isolamento vertical não deve ser "100% descartado"
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Foto: Reprodução/TV Câmara
Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (26), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que o governo tem que gerar condições mínimas para que os brasileiros possam se manter em isolamento, conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde. Maia afirmou que é preciso buscar soluções para questões como emprego, aluguel e pagamento de impostos.
"A sociedade vai acabar saindo do isolamento se nós não encontramos as soluções que garantam previsibilidade e o mínimo de segurança para que elas possam continuar nas suas residências, para que os pequenos e médios empresários tenham tranquilidade para entender que daqui a três meses os seus negócios continuam existindo, para que Estados e municípios tenham a garantia das receitas mínimas para que continuem funcionando. Quem tem capacidade de organizar isso é o Governo Federal", falou.
Maia defendeu que vale destinado aos trabalhadores informais seja de R$ 500, por um prazo inicial de três meses, com possibilidade de prorrogação. Para Maia, a proposta do governo "é muito pequena" considerando às necessidades dos brasileiros.
Ele ainda disse que neste momento é necessário deixar divergências de lado e pediu para que Jair Bolsonaro convoque uma reunião "reservada e com diálogo aberto e franco" que reúna Executivo, Legislativo e Judiciário na busca de soluções para o enfrentamento desta crise.
"É hora de diálogo e de ter paciência", ponderou.
Isolamento vertical
Segundo Maia, o isolamento vertical não deve ser 100% descartado, desde que garanta a proteção, nas comunidades carentes, principalmente de idosos, que são o público mais vulnerável ao coronavírus. "De uma forma que não crie nas comunidades uma tragédia, em que se garante a circulação dos mais jovens durante o dia e eles acabam contaminando os idosos", explicou.
Corte nos salários dos parlamentares
Com a queda na arrecadação, Maia avalia que todos os Poderes terão que adequar sua realidade de recessão depois da crise, o que vai demandar uma adequação aos Orçamentos. De acordo com Maia, não é hora de gestos políticos, mas de discutir alternativas.
"O Brasil vai ficar mais pobre, todos vão ter que contribuir e o setor público vai contribuir", falou.