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Maior produtor de fogos de artifício do Nordeste é proibido de fabricar; fábrica da família é responsável pela morte de 64 pessoas na Bahia

As empresas de Gilson Froes Prazeres Bastos foram flagradas cometendo irregularidades de segurança; O acidente de 1998 é considerado o maior acidente de trabalho da história da Bahia

Por Da Redação
Ás

Maior produtor de fogos de artifício do Nordeste é proibido de fabricar; fábrica da família é responsável pela morte de 64 pessoas na Bahia

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O empresário Gilson Froes Prazeres Bastos, considerado o maior produtor de fogo de artifício do Nordeste, virou alvo de uma liminar, que trata-se de uma decisão judicial temporária que um juiz pode conceder em situações de urgência, a decisão proíbe que Gilson produza, distribua ou venda ilegalmente os explosivos. 

O pedido de urgência feito pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), foi aceito pela justiça da Bahia. A investigação acredita que o empresário tem um esquema de produção e venda ilegal dos produtos. Ele foi alvo de duas operações recentes que flagraram a produção ilegal de fogos em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo da Bahia.

Em dezembro de 2023, Gilson chegou a ser preso em flagrante durante uma fiscalização na região. Uma nova inspeção realizada neste ano identificou produção ilegal em uma chácara de propriedade do empresário.

O homem controla indiretamente as empresas Fogos Boa Vista, Fogos Import e Fogos São João, que possuem irregularidades no transporte e armazenamento de material explosivo sem cumprir as normas de segurança e sem possuir autorização necessária do Exército.

Além de Gilson, Railda Andrade Guedes Froes também é processada. Na limiar aprovada pela juíza Adriana Manta, da 24ª Vara do Trabalho de Salvador, é atribuída multa de R$200 mil por cada medida da sentença descumprida. O órgão também solicitou a condenação do réu ao pagamento de R$ 20 milhões em danos morais. A assessoria jurídica do réu declara que nem ele e nem o escritório dos advogados foram avisados da decisão.

Entenda o acidente trabalhista

Em 1998, a fábrica "Vardo dos Fogos", de propriedade do pai de Gilson, foi responsável pelo maior acidente de trabalho da história da Bahia, onde 64 pessoas morreram. Investigações da época apontam que havia 1,5 tonelada de pólvora no local no momento da explosão.

Mulheres e crianças foram as maiores vítimas da explosão. No ano passado, familiares de vítimas fizeram um protesto no Centro Administrativo da Bahia (CAB) para exigir que a sentença de pagamentos das indenizações fossem cumpridos.

Investigações apontam que desde que as autoridades buscaram a empresa da família de Gilson pela tragédia de 1988, eles passaram a agir de maneira informal, para conseguir mais lucros e fugir das normas implantadas pela lei, como controle feito pelo Exército Brasileiro, pelo Corpo de Bombeiros, pela Superintendência Regional do Trabalho na Bahia, pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea Bahia) ou pelo Conselho Regional de Química da Bahia.

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