Coronavírus

Maioria da população não tem anticorpos contra o novo coronavírus, aponta OMS

Declaração foi dada pelo diretor-geral, Tedros Adhanom

Por Da Redação
Ás

Maioria da população não tem anticorpos contra o novo coronavírus, aponta OMS

Foto: Reprodução

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou nesta segunda-feira (18) que estudos recentes mostram que, mesmo nas regiões mais afetadas pela Covid-19, a proporção da população com anticorpos não supera os 20%. E na maior parte dos lugares está em menos de 10%. "Em outras palavras, a maioria da população do mundo segue em uma situação de suscetibilidade em relação ao vírus. O risco segue elevado e ainda nos resta um longo caminho a percorrer", disse.

As declarações foram feitas durante a abertura da 73ª Assembleia Mundial da Saúde (World Health Assembly - WHA, sigla em inglês), em Genebra, na Suíça.

"Como se pratica o distanciamento social quando se vive em lares superlotados? Como alguém fica em casa quando tem que trabalhar para dar de comer a sua família? Como fazer a higiene das mãos quando não se tem água limpa?", questiona Adhanom. Segundo ele, alguns países estão tendo sucesso ao evitar a transmissão comunitária disseminada, enquanto outros ainda estão atravessando sua pior fase e, ainda, há os que estejam avaliando como flexibilizar as restrições para retomar atividades sociais e econômicas.

Segundo Adhanom, a OMS compreende plenamente e respeita o desejo dos países de retomar as atividades, mas alerta que "é precisamente porque queremos a recuperação mundial mais rápida possível, que instamos os países que sejam cautelosos. Países que avançam com muita rapidez, sem ter estabelecido uma base sólida de saúde pública adequada para detectar e suprir a transmissão, correm um sério risco de afetar a sua própria recuperação".

Adhanom ainda ressalta que, há seis meses, era inimaginável pensar que as grandes cidades estariam paradas e que simplesmente dar a mão para alguém fosse uma ameaça à vida. No entanto, em menos de seis meses a pandemia deu a volta ao mundo, afetando países grandes e pequenos, ricos e pobres.

"Bilhões de pessoas perderam o emprego. Há muito temor e incertezas. A economia mundial está sofrendo a pior contração desde a Grande Depressão. A pandemia expõe quais são os defeitos, as desigualdades, as injustiças e as contradições do nosso mundo moderno, destacando nossos pontos fortes e nossos pontos fracos. Apesar do poderio econômico, militar e tecnológico de muitas nações, este minúsculo vírus está nos dando uma lição de humildade. O mundo não vai ser o mesmo. Todos sabemos que temos que fazer todo o possível para evitar que essa experiência se repita. Nosso maior fracasso seria não aprender com as lições que essa pandemia nos deixou", pontuou.

 

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