Maioria dos brasileiros acredita em melhora pessoal e do Brasil em 2025, diz pesquisa

A última edição anual da pesquisa Radar Febraban, realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) e divulgada nesta quinta-feira (26), revelou que a maioria dos brasileiros encerra 2024 com otimismo em relação ao próximo ano.

Segundo o levantamento, 75% dos brasileiros, de todas as regiões do país, acreditam que as vidas pessoais e familiares irão melhorar em 2025. O índice representa um aumento de 13 pontos em comparação com outubro, quando o otimismo atingiu 62%, o menor percentual da série histórica. 

Por outro lado, 8% acreditam em piora da vida pessoal e familiar em 2025, um ponto a mais do que no ano anterior. Seguindo a mesma tendência, 80% dos brasileiros avaliam que a vida pessoal e familiar melhorou ou permaneceu igual em 2024. 

As áreas da vida pessoal e familiar que mais apresentaram melhora ou permaneceram estáveis nos últimos 12 meses, segundo os entrevistados, foram: maior uso de tecnologias ou recursos digitais (56%), relações interpessoais com companheiros, amigos, filhos e parentes (45%), estudo e cultura (39%), trabalho ou emprego (37%) e saúde física e mental (36%).

“Os sentimentos para 2024 e as perspectivas para 2025 carregam sentimentos de otimismo e cautela, que refletem o que ocorreu ao longo de todo ano. De um lado, o período que se encerra teve um viés positivo para as pessoas e as famílias, com a alta do emprego, mas também foi influenciado negativamente pela seca, queimadas e pelo noticiário de alta dos juros e da inflação. Tudo isso teve particular impacto nas percepções”, apontou o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE.

O levantamento foi realizado entre os dias 5 e 9 de dezembro, com 2 mil pessoas, nas cinco regiões do país.

Expectativas para o país em 2025

Em relação ao futuro do Brasil, 68% dos entrevistados acreditam que o país irá melhorar ou permanecerá como está em 2025. Após uma queda ao longo do ano, a expectativa de melhora se estabilizou em 49% desde outubro de 2024.

O pessimismo, por sua vez, apresentou um crescimento gradual, passando de 23% em outubro para 28% em dezembro, onze pontos acima do registrado no mesmo período de 2023, quando estava em 17%.