Maioria dos mortos em comboio humanitário morreu durante fuga em pânico, afirma Israel
Hamas afirma que ação de Israel deixou mais de cem palestinos mortos
Foto: UN News/Ziad Taleb
Os militares de Israel anunciaram que uma revisão preliminar das mortes de civis em um comboio de ajuda na Faixa de Gaza concluiu que as forças não atacaram as pessoas que estavam na fila para conseguir receber alimentos.
Israel afirma que a maioria dos palestinos morreu devido ao pânico, ao tentar sair do local. O porta-voz militar, contra-almirante Daniel Hagari, informou que uma análise mais aprofundada será conduzida por um órgão independente, com conclusões esperadas nos próximos dias.
O exército israelense também divulgou vídeos que mostram uma suposta entrega de ajuda humanitária a Gaza, por aviões e caminhões. Apesar disso, no foi possível encontrar as datas em que os vídeos foram gravados.
O incidente em questão ocorreu na última quinta-feira (28), quando multidões cercaram um comboio de caminhões de ajuda em Gaza e soldados israelenses abriram fogo. Segundo o Hamas, a ação resultou na morte de dezenas de palestinos.
Em resposta à pressão internacional, incluindo um pedido da Organização das Nações Unidas (ONU) para que seja instaurado um inquérito que investigue o caso, Hagari afirmou que a maioria dos palestinos foi morta ou ferida como resultado da tentativa de fugir.
Quanto ao inquérito em si, Hagari não forneceu detalhes sobre quem o conduziria, mas destacou que o exército israelense coordenou 21 lançamentos aéreos de ajuda humanitária em Gaza e incentivou outros esforços para aliviar o sofrimento dos civis na região controlada pelo Hamas.