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Mais da metade dos advogados do Brasil são brancos, aponta pesquisa da OAB

Profissão também é majoritariamente feminina; 51,43% dos advogados inscritos na OAB são mulheres

Por Da Redação
Ás

Mais da metade dos advogados do Brasil são brancos, aponta pesquisa da OAB

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB) antecipou importantes dados do Estudo Demográfico da Advocacia Brasileira (PerfilAdv) durante a 24ª Conferência Nacional da Advocacia, em Belo Horizonte, na terça-feira (28). O levantamento mostrou que mais da metade dos advogados do Brasil são brancos. O estudo, realizado em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), também mostra que a profissão é majoritariamente feminina.

A pesquisa da OAB oferece um panorama detalhado da advocacia no país, com números que prometem contribuir significativamente para o entendimento da realidade da profissão. De acordo com o estudo, mais da metade (52%) dos inscritos na OAB possui menos de dez anos de experiência profissional. Além disso, a maioria dos advogados (53,58%) atua exclusivamente no interior ou concilia suas atividades entre essas regiões e as capitais.

A profissão é majoritariamente feminina, já que 51,43% são mulheres. Além disso, 64,5% dos pesquisados apontaram ter a cor branca; 26,7%, parda; 6,72%, preta; 1,56%, amarela; e 0,47%, indígena. A maior faixa de idade dos que exercem a profissão é a que vai dos 24 aos 44 anos de idade, com 57,7%, e cerca de 57% têm ao menos um filho.

Quanto à remuneração, a pesquisa revela que a maior parte dos advogados recebe menos de cinco salários mínimos por mês, enquanto apenas 4,93% alcançam ganhos superiores a 20 salários mínimos, um padrão próximo ao estabelecido para o Ministério Público e a magistratura.

Encomendado pelo CFOAB à FGV Conhecimento, o estudo abrangeu mais de 45 mil profissionais, tornando-se o maior levantamento já realizado sobre o perfil da advocacia no Brasil. O questionário, aplicado desde agosto sob o mote "Te ouvir para melhor te atender", incluiu 42 questões divididas por temas, abordando desde o perfil sociodemográfico e atuação profissional até aspectos relacionados à saúde, uso da tecnologia, prerrogativas e honorários.

O estudo também revela preocupações sobre o desrespeito a prerrogativas e honorários, com 30% dos advogados já tendo enfrentado essa situação. Surpreendentemente, metade desses profissionais não formalizou reclamação ao Sistema OAB. A pesquisa indica, ainda, que 62% dos participantes classificam a estrutura do Judiciário com notas de zero a cinco, levando a OAB a compartilhar os números com o Conselho Nacional de Justiça para colaborar na identificação de gargalos e possíveis soluções.

Outros dados relevantes apontam que 30% dos advogados não possuem plano de saúde, 42,66% trabalham em regime de home office. A pesquisa também destaca a diversidade étnica, faixa etária predominante entre 24 e 44 anos, e a presença expressiva de advogados que atuam no ramo civil.

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