Mais da metade dos contratos do Fies estão com prestações vencidas; MEC cria programa de renegociação
Número de inadimplentes se aproxima de um milhão de pessoas

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O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), programa do governo destinado a financiar a educação superior em instituições privadas levou mais da metade dos beneficiários e de seus financiadores para as listas de devedores. As informações são do Metrópoles.
Dados do governo apontaram que, até julho deste ano, havia pelo menos 981,7 mil contratos do Fies com mais de três parcelas vencidas, o que corresponde a 55% do total e a um saldo devedor R$ 28,7 bilhões.
Mesmo com a suspensão do pagamento das parcelas até 31 de dezembro, em razão da pandemia de coronavírus, segurou o aumento das dívidas entre os beneficiários. De janeiro a julho, último mês com dados consolidados e enviados, 182 mil clientes do Fies deixaram suas parcelas atrasarem por mais de 90 dias.
A mesma lei que suspendeu os pagamentos do Fies, também determinou que o governo abrisse um programa de renegociação de dívidas existentes vencidos e não quitados até o dia 10 de julho de 2020.
Quem aderir ao programa, segundo o Ministério da Educação, terá o nome (e dos fiadores) retirado dos cadastros de devedores, como o da Serasa, e terá o cronograma de vencimento das parcelas alterado.
Quem optar pela renegociação terá de pagar ao menos R$ 200 por mês e parcelar em até 174 vezes o saldo devedor.
O prazo final tanto para renegociar quanto para solicitar a suspensão do pagamento é 31 de dezembro de 2020. Essa negociação deve ser feita diretamente com o banco responsável pelo financiamento.