Mais de 25% dos jovens no Brasil não estudam nem trabalham
Mulheres, pardos e nordestinos foram os mais atingidos, segundo pesquisa da FGV Social
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Mais de um quarto dos jovens no Brasil, ou seja, 25,52%, não estavam estudando nem trabalho em 2020, segundo a pesquisa “Juventudes, Educação e Trabalho: Impactos da Pandemia nos Nem-Nem”, feito pelo FGV Social. [Clique aqui para conferir a pesquisa completa]
Os dados apontam que a taxa dos jovens entre 15 e 29 anos que estavam fora do mercado de trabalho e das instituições de ensino era de 23,66% no período pré-pandemia (2019) e atingiu o recorde histórico de 29,33% no segundo trimestre de 2020 antes de fechar em 25,52%.
No recorte por perfil de gênero, racial, regional e social, as mais atingidas são as mulheres (31,29%), pretos (29,09%), do Nordeste (32%), moradores de periferia das maiores metrópoles brasileiras (27,41%), chefes de família (27,39%) e pessoas sem instrução (66,81%).
Os dados também apontam que houve uma redução da evasão escolar durante a pandemia na proporção dos jovens não matriculados em instituições de ensino atingindo o nível mais baixo da série em 2020.4, com 57,95%. Em 2019.4, a taxa era de 62,2%.
"A combinação entre falta de oportunidades de inserção trabalhista com menor cobrança escolar (presença e aprovação automáticas) podem explicar a menor evasão. De qualquer forma, há que tirar partido da oportunidade e, por exemplo, promover inclusão digital e novos conteúdos educacionais remotos", diz um trecho da pesquisa.