Mais de 35 milhões de brasileiros não têm registro financeiro, diz pesquisa

Um levantamento da Serasa Experian, divulgado nesta segunda-feira (17), mostra que 35,3 milhões de brasileiros não têm registro financeiro. Ou seja, 21,7% da população adulta do país não possui contas de consumo, financiamentos, empréstimos ou faturas de cartão de crédito registrados em seu CPF, nem mesmo estão no Cadastro Positivo.

Geralmente, segundo o levantamento, isso ocorre porque existem indivíduos que não usam o crédito regularmente e, portanto, não têm nenhuma atividade recente em seu histórico. Além disso, tem casos de jovens que ainda não iniciaram sua vida financeira e não possuem encargos.

Apesar de pouca informação, essas pessoas não estão fora dos serviços financeiros por conta da falta de pagamento de eventuais dívidas. Oito em cada 10, ou mais precisamente 80,5%, das pessoas sem informação de crédito não são negativadas. 

Mesmo assim, como o mercado acaba tendo pouca ou nenhuma informação sobre o histórico da pessoa, esse cenário pode impactar negativamente seu Score de crédito, que é uma pontuação relevante para se obter a aprovação para empréstimos, cartões de crédito e outros serviços não só financeiros, mas também como telefonia e internet.

Ainda na análise nacional, o levantamento também traz o recorte por idade, que mostra que a maior parte das pessoas sem informação de crédito (19,5%) têm entre 21 e 30 anos, seguidos por brasileiros dos 18 a 20 anos (15,3%). A menor parcela de pessoas sem registros financeiros são aqueles entre 61 e 70 anos (8,5%). 

Veja a seguir o gráfico a seguir com todas as faixas etárias:

 

Em relação à renda dessas pessoas, a maioria ganha entre 0 e 1 salário-mínimo (77,14%) e menos de 1% recebe mais de 4 salários-mínimos. 

O levantamento mostra também que os estados de São Paulo (19,4%), Minas Gerais (10%) e Rio de Janeiro (8,3%) lideraram o ranking com a maior participação de Thin Files ou pessoas sem registros financeiros. A Bahia aparece em quarto lugar. Os estados do Acre (0,5%), Amapá (0,4%) e Roraima (0,3%) tiveram a menor participação.