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Mais de 350 ataques atingiram instalações de saúde desde o início do conflito em Gaza, aponta OMS

Cerca de 640 pessoas morreram e 800 ficaram feridas

Por Da Redação
Ás

Mais de 350 ataques atingiram instalações de saúde desde o início do conflito em Gaza, aponta OMS

Foto: Unicef/Abed Zaqout

A escalada da violência em Gaza tem impactado diretamente os serviços de saúde, conforme alertado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Dados divulgados nesta sexta-feira (9) apontam mais de 350 ataques a instalações de saúde desde o início do conflito, em 7 de outubro.

Os ataques contra hospitais e clínicas resultaram em mais de 640 mortes e 800 feridos, conforme destacou o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic. Entre as instalações atingidas, 27 hospitais foram danificados, totalizando 98 estruturas de saúde afetadas.

Na última atualização da crise, o Escritório da ONU para Assuntos Humanitários (Ocha) reportou combates mais intensos em Khan Younis, no sul de Gaza, na quinta-feira, envolvendo bombardeios e tiroteios pesados. O hospital Nasser e o hospital Al Amal foram particularmente afetados, expulsando milhares de pessoas em busca de abrigo em Rafah.

Relatos da autoridade de saúde de Gaza também apontam alegações contínuas de disparos de franco-atiradores nas proximidades do hospital Nasser, com denúncias de bloqueio do movimento de ambulâncias e acesso ao hospital pelas forças israelenses.

Escalada na Cisjordânia

Os dados mais recentes da OMS revelam um aumento significativo da violência contra o setor de saúde na Cisjordânia desde o início do conflito em outubro, com mais de 300 ataques registrados. Este cenário resultou em 10 mortes e 62 feridos, afetando 44 instalações de saúde, incluindo 15 clínicas móveis e 24 ambulâncias.

O balanço dos combates em Gaza, até 8 de fevereiro, contabiliza pelo menos 27.840 mortes e mais de 67.300 feridos, segundo a autoridade de saúde local. As Forças Armadas israelenses registraram 225 soldados mortos e 1.314 feridos desde o início da operação terrestre.

Fome

A ONU destaca o aumento diário do risco de fome em Gaza. Apesar da crescente necessidade, milhares de pessoas estão predominantemente privadas de assistência, com relatos de uso de ração animal na alimentação humana. O Programa Mundial de Alimentos (PMA) entregou 32.413 toneladas de alimentos, mas a Unrwa não consegue distribuir alimentos no norte de Wadi Gaza desde 23 de janeiro.

Crianças Deslocadas

O Unicef faz um apelo urgente para evitar uma escalada militar em Rafah, onde mais de 600 mil crianças e suas famílias foram deslocadas, enfrentando condições precárias. A diretora executiva, Catherine Russell, alerta para a possibilidade de milhares de mortes devido à violência ou à falta de serviços essenciais, pedindo um cessar-fogo humanitário imediato e a libertação segura de todos os reféns, especialmente crianças, feitos pelo Hamas.

Período mais letal em 56 Anos

Um relatório da Escwa destaca que a guerra em Gaza se tornou o período mais letal dos 56 anos de ocupação israelense. Com mais de uma pessoa em cada 100 habitantes morta em apenas 100 dias, a comissão reafirma a necessidade urgente de um cessar-fogo imediato e um compromisso renovado com uma resolução de paz sustentável, baseada nas resoluções da ONU e no direito internacional. A secretária executiva, Rola Dashti, destaca os impactos devastadores nas crianças sobreviventes, incluindo deslocamento, insegurança alimentar e acesso limitado a serviços básicos. A comissão aponta que as consequências da guerra aumentam o risco de violência futura, exigindo uma abordagem transformadora para atender às necessidades imediatas e abordar as causas fundamentais do conflito.

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