Mais de 6 milhões de famílias deixaram a linha da pobreza em 2 anos

Dados integram análise feita pelo CadÚnico

Por Da Redação, Agência Brasil
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Mais de 6 milhões de famílias deixaram a linha da pobreza em 2 anos

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Aproximadamente 6,55 milhões de famílias deixaram a linha da pobreza nos últimos dois anos. Em termos individuais, as famílias representam um contingente de 14,17 milhões de pessoas.

A constatação está em análise de famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).

O CadÚnico considerada como linha de pobreza, famílias com renda de até R$ 218 por pessoa. Em 2023, o cadastro tinha 26,1 milhões de famílias na faixa de renda. Em julho de 2025, a quantidade caiu para 19,56 milhões, o que representou uma diminuição de 25%.

Para o titular do MDS, o ministro Wellington Dias, há um combinação de desenvolvimento econômico e social.

“As pessoas estão saindo da pobreza, seja pelo trabalho ou pelo empreendedorismo", afirma.

O cadastro do governo foi encerrado em julho deste ano, com 41,6 milhões de famílias, o que representa 95,3 milhões de pessoas. O ministério classifica os inscritos no CadÚnico em três faixas de renda mensal por pessoa:

  • situação de pobreza: até R$ 218
  • baixa renda: entre R$ 218,01 e meio salário mínimo (R$ 759)
  • renda acima de meio salário mínimo

O CadÚnico funciona como porta de entrada para benefícios do governo, a exemplo do Bolsa Família. No caso do programa de transferência de renda, a regra principal para poder ter direito é que a renda de cada pessoa da família seja de, no máximo, R$ 218 por mês.

Renda familiar

O cálculo da renda familiar por pessoa equivale a soma das rendas individuais dos integrantes da família dividida pelo número de pessoas que compõem o núcleo familiar.

No valor da renda individual, além de recursos obtidos através do trabalho, entram na conta aposentadoria, pensão, doações e o Benefício de Prestação Continuada (BPC - um salário mínimo por mês ao idoso com idade igual ou superior a 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade).

O levantamento aponta a diminuição de pessoas abaixo da linha de pobreza foi feito pela Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único. Segundo o secretário da pasta, Rafael Osório, a diminuição de famílias com renda menor que R$ 218 por pessoa é explicada por três fatores:

  • avanço de programas sociais
  • melhoria do mercado de trabalho
  • processo de qualificação do CadÚnico, que passou a incorporar automaticamente dados sobre a renda formal dos trabalhadores

Diante do aprimoramento do cadastro, o governo consegue incorporar dados como o recebimento de aposentadoria, por exemplo.

“Com a integração das informações com outras bases de dados, já disponíveis ao poder público, reduzimos a dependência da autodeclaração”, diz o secretário.

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