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Mais de 60% dos domicílios chefiados por negros no Brasil enfrentam insegurança alimentar, diz pesquisa

Pesquisa foi feita pela Rede Penssan e divulgada nesta segunda (26)

Por Da Redação
Ás

Mais de 60% dos domicílios chefiados por negros no Brasil enfrentam insegurança alimentar, diz pesquisa

Foto: Jornal da USP

Mais de 60% dos lares chefiados por pessoas autodeclaradas negras (pardas e pretas) sofre com algum tipo de insegurança alimentar no Brasil. Isso é o que aponta o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil (Vigisan), divulgado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), nesta segunda-feira (26).

O estudo considera um domicílio com Segurança Alimentar aquele com acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente e sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais.

Já a Insegurança Alimentar (IA) foi dividida em três esferas de intensidade, que vão de leve a grave, e uma extra que junta os piores tipos de vulnerabilidade.

• IA leve: casos com preocupação ou incerteza em relação ao acesso aos alimentos no futuro próximo, qualidade inadequada dos alimentos para não reduzir quantidade.

• IA moderada: casos de redução quantitativa de alimentos e/ou ruptura nos padrões de alimentação por falta de alimentos no domicílio.

• IA grave: realidade de fome, de não comer por falta de dinheiro, de fazer apenas uma refeição ao dia ou ficar o dia inteiro sem comer.

• IA moderada + grave: as formas mais severas de IA na mesma categoria, com restrição moderada ou grave aos alimentos; junta domicílios com qualidade da alimentação e quantidade de alimentos comprometidos, e os que estão enfrentando a fome.

A IA moderada + grave foi encontrada em 34,4% dos lares chefiados por pessoa parda e em 39,1% daqueles onde uma pessoa preta era a referência.

A IA grave, que representa a fome, foi mais frequente em lares chefiados por pessoas pretas (20,6%), seguidas de pardos (17%) e brancos (10,6%).

A pesquisa realizou entrevistas presenciais, entre novembro de 2021 e abril de 2022, com 12.745 domicílios de 577 municípios brasileiros. Foram contempladas áreas urbanas e rurais de todas as regiões do país.

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