Mais de um milhão de brasileiros deixaram a força de trabalho no 1º trimestre, segundo IBGE
Além de ter os empregos perdidos, maioria desiste de procurar vagas durante pandemia
Foto: Reprodução
O primeiro trimestre de 2020 foi registrados por 1,1 milhão de brasileiros que deixaram a força de trabalho, segundo estatísticas registradas da pequisa trimestral de emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Pnad Contínua, que também informou que esse é o segundo maior número, e fica atrás da redução de 1,2 milhão que foi registrada no segundo trimestre de 2012.
São consideradas fora da força de trabalho as pessoas que não tem emprego e não procuraram trabalho nos 30 dias anteriores ao período da pesquisa, ou não procuraram mas estavam disponíveis para trabalhar.
O levantamento mostra que dos primeiros três meses do ano, 67,3 milhões de pessoas a partir de 14 anos de idade estavam nessa condição. Já a força de trabalho foi composta por 105,1 milhões de pessoas.
Com a implantação de medidas para distanciamento social e decretos para que estabelecimentos não essenciais para a população sejam fechados para combater a disseminação do novo coronavírus, a tendência é que muitos desempregados não procurem empregos durante esse período.
Além de perguntas referente ao emprego, o IBGE também questionou se os entrevistados estavam prontos para iniciar um novo trabalho. E o distanciamento social fez com que muitas pessoas respondessem que não estão disponíveis.
A projeção é que a redução da força de trabalho seja maior nos próximos meses, quando mais trabalhadores perderão os empregos, ou no caso dos informais, não terão como seguir trabalhando.
Outro fator que faz com que as pessoas reduzam a necessidade de procurar emprego é o pagamento do auxílio emergencial do governo federal do valor de R$ 600 ou R$ 1.200 a informais e chefes de família, na respectiva ordem, que já alcança 50 milhões de pessoas, que vão recerber o pagamento do valor em três parcelas.