Mais de uma pessoa morre por minuto pela Covid-19 no Brasil
É o segundo dia seguido com recorde no número de mortes

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A Covid-19 matou nas últimas 24 horas 1.473 pessoas no Brasil. O país cruzou a marca de 34 mil mortes e já superou a Itália. Nesta quinta-feira (4), se tornou o terceiro no ranking de óbitos resultantes da doença no mundo. Neste momento, apenas os Estados Unidos, com 107 mil mortes, e o Reino Unido, com quase 40 mil, estão à frente.
Segundo o Ministério da Saúde, foram 30.925 novos casos de coronavírus registrados apenas nas últimas 24 horas. A pasta informou os números com um atraso de mais de três horas em relação ao horário programado. Ao todo, são 34.021 mortes e 614.941 casos confirmados no país até agora, com outras 4.159 mortes em investigação.
É o segundo dia seguido com recorde no número de mortes. Na quarta-feira (3), foram registrados 1.349 óbitos em um período de 24 h.
O Ministério da Saúde não divulga mais a previsão de pico da pandemia no Brasil. O secretário substituto de vigilância em saúde do ministério, Eduardo Macário, criticou a divulgação de "recorde de mortes" e a classificação em rankings dos países mais afetados.
"Acho lamentável falar de ranking. Ontem teve 1.300 registros de óbitos. Esses óbitos ocorreram nos últimos dias", disse o secretário, em referência ao fato de que o dado divulgado pelo Ministério da Saúde contabiliza os casos e mortes confirmados naquela data.
De acordo com o secretário, o certo seria destacar a data das mortes - e não quando a doença foi confirmada. Ele ressalta que, segundo esse parâmetro, o dia mais problemático para o país, até o momento, foi 12 de maio, quando morreram 650 pessoas em decorrência da Covid.
"Não é possível prever quando vai ser o pico. Se eu soubesse, seria fácil agir", afirmou Macário, acrescentando que é difícil perceber a verdadeira taxa de contágio do novo coronavírus. Além disso, ele afirma que os modelos matemáticos são feitos com bases diferentes, sem que haja uma comprovação de qual seria mais confiável.