Major Denice evita falar de política e fala sobre mulheres

A provável candidata a prefeita pelo Partido dos Trabalhadores, Major Denice, esteve ontem na saída do Ilê Aiyê, falou sobre a importância do trabalho da mulheres e evitou falar sobre política ou opinar sobre seu possível vice, Sargento Isidório.

A major desviou o assunto política e focou em falar sobre seu trabalho na Ronda Maria da Penha e sobre a inovação da Força Integrada de Proteção a Mulher, que, segundo Denice, a PM conseguiu juntar duas grande unidades, a Ronda Maria da Penha e o Batalhão de Choque para atuar na proteção das mulheres durante o carnaval, principalmente, nos casos de importunação sexual. Segundo a major, a cultura soteropolitana criada durante o período de carnaval, impulsionou as mulheres a se conformarem em serem importunadas e achar que isso é “normal”. “Isso não é normal, isso não é natural, diz Denice”. “Pode até ser comum, infelizmente, mas normal e natural não é, então as mulheres precisam estar protegidas e contar com esta força para relembrar aos homens que o respeito a todas as mulheres, deve ser constante”. Ainda questionada a partir de quando poderia falar sobre política, a major foi clara: “Só vou responder sobre política quando eu mesma anunciar que posso falar sobre política. Até lá, meu assunto é só trabalho.” Ainda falando sobre o Ilê e sobre as mulheres negras, Denice disse que é muito importante a história do Ilê Aiyê, uma vez que foi o bloco que começou a mostrar a beleza negra e fazer com que a autoestima negra se destacasse. Segundo Denice, ela queria ser pré candidata a Deusa de Ébano, seu sonho de adolescência, e que o fato do Ilê se intitular “o mais belo dos belos”, fez com que as mulheres negras acreditassem que são sim, muito mais belas do que acreditavam em outros tempos. “O Ilê Aiyê fez a mulher negra enxergar sua beleza e isso foi maravilhoso.”