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"Mal entendido", diz presidente do PL após desconforto de ministros com fala sobre relatório de militares

Costa Neto supostamente condicionou reconhecimento ao resultado das eleições ao relatório das Forças Armadas

Por Da Redação
Ás

"Mal entendido", diz presidente do PL após desconforto de ministros com fala sobre relatório de militares

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se sentiram desconfortáveis após a fala do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, condicionando o reconhecimento do resultado das eleições ao relatório das Forças Armadas sobre a segurança das urnas. Cobrado pelos magistrados, Valdemar recuou.

“Vamos aguardar o relatório do Exército, pra gente saber o que eles vão trazer. É importante para nós. Mas não temos nada na mão, por enquanto”, afirmou ele no início da tarde de terça-feira (8), numa entrevista coletiva, ao ser questionado se a legenda pretendia contestar o resultado das urnas.

A fala do presidente do PL repercutiu imediatamente no STF, até porque nas semanas anteriores à eleição o próprio Valdemar havia feito visitas a ministros e ao próprio Tribunal Superior Eleitoral, visando distensionar o ambiente e dizendo que seu partido não daria guarida a qualquer impulso golpista de Jair Bolsonaro.

Após tomar conhecimento de que os magistrados estariam irritados, o presidente do PL procurou integrantes da Corte para tentar esclarecer sua posição. Além de ter feito alguns telefonemas, enviou mensagens aos ministros alegando que tudo não passou de um mal entendido.

De acordo com o argumento de Valdemar, o fato de ele ter aberto a entrevista coletiva dizendo que Bolsonaro teve uma ótima votação e que o PL faria oposição responsável já significava automaticamente que ele reconhece a vitória de Lula.

Em setembro, o ministro do TSE Benedito Gonçalves rechaçou a tentativa de Valdemar Costa Neto, de se dissociar do polêmico relatório – contratado pela sua própria legenda – que contestou a segurança do sistema eleitoral.

As duas páginas do relatório do PL que vieram a público mencionam um “quadro de atraso” no TSE em relação a “medidas de segurança da informação” – o que, segundo o documento, geraria “vulnerabilidades relevantes”.

O relatório diz ainda que essas falhas podem "resultar em invasão interna ou externa nos sistemas eleitorais, com grave impacto nos resultados das eleições de outubro".

Na ocasião, o TSE considerou "falsas e mentirosas" as acusações feitas pela equipe do PL. A divulgação do documento gerou uma crise dentro do PL, já que é dado como certo que o relatório será usado politicamente por Bolsonaro.

O TSE também já cobrou explicações a Valdemar sobre o uso de recursos públicos oriundos do Fundo Partidário na contratação de serviços que resultaram no documento.

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