• Home/
  • Notícias/
  • Política/
  • Manifestação em prol da anistia: lideranças políticas divergem sobre ato no domingo (16)

Manifestação em prol da anistia: lideranças políticas divergem sobre ato no domingo (16)

Lindbergh Farias avalia como ato de "desespero" de Bolsonaro e aliados

Por Stephanie Ferreira
Ás

Atualizado
Manifestação em prol da anistia: lideranças políticas divergem sobre ato no domingo (16)

Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados

Nos últimos dias, a convocação para a manifestação em prol da anistia dos condenados pelos atos de 8 de janeiro tem movimentado as redes sociais. O ex-presidente Jair Bolsonaro e os apoiadores têm divulgado massivamente o ato, que será realizado em Copacabana, às 10h, no próximo domingo (16).

Ao Farol da Bahia, o senador Carlos Portinho, líder do Partido Liberal no Senado, afirmou que vai participará do protesto com a família e disse que o país passa por um momento de censura. 

“Quem não puder [comparecer] que ponha sua bandeira do Brasil na janela, que bata sua panela pela situação que o país vive hoje. E isso não é um filme é a vida real. A gente tem preso político no Brasil a gente tem a censura no Brasil, a liberdade de expressão está ameaçada, há perseguição política”.

Portinho voltou a defender que as penas determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) não condizem com os atos realizados na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.

“Eu gostaria que bandidos, traficantes fossem condenados a 17 anos de prisão ou mais, mas infelizmente eles saem na porta giratória da audiência de custódia, estão na rua praticando o crime. Enquanto isso, pessoas que cometeram crimes patrimoniais tiveram uma pena completamente exorbitante, indevida, injusta, abusiva e isso está separando famílias, pessoas que estão presas longe dos seus filhos", disse.

Por outro lado, a oposição vê a realização apenas como uma tentativa de evitar a prisão do ex-presidente. “Bolsonaro se tornará réu nos próximos dias e será preso ainda este ano por tentativa de golpe de Estado. As manifestações deste dia 16 são a expressão do desespero de quem sabe que seu futuro é a cadeia. Não adianta mobilizar sua base mais radical nem tentar intervenção externa. Seu destino está traçado e é inexorável”, afirmou o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ). 

O tom da discussão foi mais moderado entre representantes do estado da Bahia. A deputada federal Lídice da Mata (PSB) defendeu que é um direito de todo cidadão se manifestar. 

“Vivemos uma democracia e as pessoas têm o direito de se manifestar. No entanto, não se pode permitir que peçam golpe de Estado e intervenção militar, pois isso é crime e está na Constituição. Não há nenhuma apreensão quanto ao número de pessoas que eles coloquem lá. Estão programando esse evento há meses e eu vejo com naturalidade. A eleição se ganha no processo eleitoral e até lá vamos seguir com as pautas para melhorar a vida do povo brasileiro e resguardar a democracia”.

Na mesma linha, o deputado federal Márcio Marinho (Republicanos) ressaltou que é um direito garantido na Constituição Federal. "Tanto a esquerda como a direita sempre fizeram manifestações. Então, aquilo que estiver dentro da Constituição, certamente que é positivo. Aquilo que sai da Constituição, aí já é não é permitido. E eu tenho certeza que eles terão esse cuidado de fazer a manifestação pacífica, chamando, alertando o Brasil para aquilo que eles defendem e tem que ser respeitado”. 

Além disso, o deputado frisou que o STF precisa analisar cada caso para que as penalidades sejam “justas”. 

“Muitas pessoas que lá estão presos, não trazem nenhum tipo de risco, de perigo para o Brasil. Então, ao meu ver, quem tem que definir e resolver essa questão, é o Supremo que tem toda condição, que tem todo o conhecimento do que realmente aconteceu e saber punir aquelas pessoas de acordo com aquilo que elas cometeram. Tem gente lá que não fez absolutamente nada, que foram para lá achando que teriam uma manifestação pacífica e acabaram presas. Eu acho que isso tem que ser levado em conta”, concluiu. 

Manifestações internacionais

Além da convocação na capital carioca, Bolsonaro divulgou também pontos de atos a serem realizados no sábado (15) em cidades como Roma, Orlando, Zurique, Flórida entre outras.  

A expectativa, segundo o ex-presidente, é de aproximadamente um milhão de pessoas no Rio de Janeiro, onde ele participará e discursará ao lado de aliados e parlamentares.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br

Faça seu comentário