Manifestações pró-Lula têm baixa adesão após manifestação de bolsonaro em SP

No sábado (23), grupos de apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizaram manifestações em várias cidades do Brasil e do exterior. Convocados após uma grande manifestação de Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista no mês anterior, os atos foram marcados pelo esvaziamento.

As convocações, organizadas por entidades ligadas ao Partido dos Trabalhadores, tiveram pontos de encontro em pelo menos 19 cidades, incluindo Barcelona, na Espanha, e Lisboa, Portugal. No entanto, em diversas capitais brasileiras, o número de participantes foi reduzido.

No Rio de Janeiro, o evento foi cancelado devido ao mau tempo. A principal manifestação ocorreu em Salvador, com a presença da presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e outras lideranças do partido. Apesar disso, também houve esvaziamento na capital baiana.

De acordo com o Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), a maior concentração de pessoas foi registrada em Salvador, com aproximadamente 1,7 mil participantes durante o horário de pico. Em comparação, o ato de Bolsonaro no mês anterior contou com a presença estimada de 185 mil pessoas.

Embora a mobilização tenha sido uma resposta à manifestação de Bolsonaro, a cúpula do governo Lula procurou manter distância da organização dos eventos. O presidente e os ministros não participaram das manifestações, mas o PT oficialmente convocou seus apoiadores a aderirem.

A pauta dos atos era variada, com reivindicações como a memória dos 60 anos do golpe militar, a condenação do presidente Bolsonaro e críticas ao genocídio na Palestina. Movimentos como a Frente Povo Sem Medo (FPSM) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) estiveram à frente da organização.