Política

Marcelo Crivella e empresário agiram para evitar demolição de casa de Romário

Imóvel foi construído em área irregular

Por Da Redação
Ás

Marcelo Crivella e empresário agiram para evitar demolição de casa de Romário

Foto: Renan Olaz/CMRJ/Divulgação

Mensagens extraídas do celular do empresário Rafael Alves, apontado como operador do suposto esquema do “QG da propina” na Riotur, indicam uma ação conjunta com o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) para beneficiar o senador Romário (Pode-RJ) contra uma demolição de uma casa do ex-jogador, que foi construída em um área irregular. As informações são do jornal O Globo.  

Nas mensagens trocadas, Rafael faz um apelo a Crivella alegando uma boa relação com Romário, que, segundo o empresário, queria regularizar o empreendimento e acabar com indiferenças.

“Soube agora que amanhã vão demolir a casa do Romário. Se o senhor puder tentar segurar isso. Ele me ligou aqui e foi nosso companheiro. Isso destruiria a vida dele. Ele disse que quer ir lá e regularizar o que for necessário. E com isso acaba essas brigas bobas e indiferenças. Somos pessoas de bem”, escreveu o empresário, citando trocas de farpas públicas entre o senador e o prefeito que haviam ocorrido pouco antes.

Crivella respondeu: “Claro, amigo. Me dá o endereço”. Em seguida, Alves informou a localização da casa, e o prefeito respondeu com um “ok”.

Três horas depois, Alves enviou uma mensagem ao doleiro Sergio Mizrahy, que delatou o suposto esquema de corrupção na prefeitura, afirmando que conseguira impedir a derrubada do imóvel do senador.

“Iam demolir a casa do Romário. Não deixei. Me pediram ajuda, e resolvi com o prefeito”, afirmou o empresário.

O episódio é citado pelo Ministério Público como um exemplo da influência de Alves na Prefeitura do Rio, pois, segundo os promotores, “diz respeito a um pedido pessoal, imediatamente atendido, para evitar a demolição da casa do Senador da República Romário”, segundo informações do jornal.

Ainda de acordo com o jornal, o empreendimento irregular levou a Secretaria Municipal de Urbanismo a defender a derrubada, em 2018. Romário comprou a casa no segundo semestre de 2016 e, segundo o laudo, demoliu cerca de 60% do que havia sido erguido e acrescentou “mais de 600 metros quadrados de área construída”. A área total do terreno é de 1.575 metros quadrados.

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