Marco Aurélio não confirma crime de Bolsonaro e fala em impeachment
Ministro do STF rechaçou qualquer tentativa de um presidente interferir no trabalho desenvolvido pela PF
Foto: Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello afirmou nesta sexta-feira (24), que o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (Sem Partido), pode ter cometido crime comum ao tentar acesso a relatórios de inteligência da Polícia Federal e não descartou a possibilidade de a situação levar a um processo de impeachment.
O ministro disse, em entrevista à Rádio Gaúcha, que se for o caso, "o procurador-geral da República deve atuar em caso de crime comum".Ele rechaçou ainda qualquer tentativa de um presidente da República de interferir no trabalho desenvolvido pela PF. "A Polícia Federal não é uma polícia de governo, é uma polícia de Estado, e deve atuar com independência", defendeu.
Em relação ao acesso de informações sigilosas da PF, Marco Aurélio afirmou que pode gerar processo de impeachment na Câmara dos Deputados ou por crime comum. No caso de crime comum, a Constituição Federal prevê que a denúncia deve ser enviada pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo, que decide ou não se aceita.