Marinha do Brasil e USP produzem respirador de baixo custo para tratar Covid-19

Uma parceria entre a Marinha do Brasil e a Universidade de São Paulo (USP) possibilitou a fabricação de dez respiradores de baixo custo, para o uso do tratamento de pessoas com Covid-19. Chamados de Inspire, os aparelhos foram entregues ao Instituto do Coração de São Paulo (Incor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP no dia 16 de julho e alguns já estão em funcionamento.

O Inspire foi desenvolvido por pesquisadores da Escola Politécnica (Poli) no Centro Tecnológico da Marinha, em São Paulo (CTMSP), durante quatro meses de trabalho. O equipamento pode ser produzido em somente duas horas.

De acordo com informações do Centro de Comunicação Social da Marinha, o maior diferencial do ventilador pulmonar é o funcionamento através de bateria.  “Ele possui um nível de controle computacional extremamente sofisticado, baseado em uma bomba independente chamada “ambu” (ressuscitador de uso manual, normalmente utilizado em ambulâncias)”, disseram. Ainda de acordo explicado pela instituição, algumas modificações funcionais foram feitas na bomba, para que ela passasse a ser pressionada de forma automatizada e controlada. Ao oposto dos respiradores do mercado, o equipamento independe de uma linha de ar comprimido, normalmente disponível em hospitais, possibilitando a utilização em caráter emergencial.

A diferença entre o Inspire e os respiradores tradicionais é que os segundos foram desenvolvidos para term uma ampla versatilidade de modos respiratórios, possuem diversas possibilidades de regulagem, que atendem não apenas a Covid-19 como em diversas ocasiões, enquanto o Inspire foi planejado e projetado para atender preferencialmente pacientes da Covid-19 e fazer atendimentos emergenciais, como em situações diferentes em locais isolados. Dessa maneira, é um equipamento simples com peças fáceis de serem achadas no mercado brasileiro, de baixo custo, porém, com todas as facilidades operacionais de um respirador comum.