Política

Marinho critica indicação de Cristiano Zanin para o STF

Líder da oposição no Senado afirma que escolha feriu princípio da impessoalidade

Por Da Redação
Ás

Marinho critica indicação de Cristiano Zanin para o STF

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado | Sylvio Sitangelo/TRF4

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), disse nesta sexta-feira (2) que está aberto a se reunir com o advogado Cristiano Zanin, indicado pelo presidente Lula para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal. No entanto, Marinho criticou a indicação, argumentando que ela viola o princípio da impessoalidade.

Marinho afirmou que não há problema em se reunir com Zanin e conversar com ele, pois ele recebe todas as pessoas e mantém diálogos. "Problema nenhum [em se reunir com Zanin], a gente recebe todo mundo, conversa com todo mundo. Entre receber e votar favoravelmente, é diferente", pontuou.

O líder da oposição destacou o direito do presidente da República de indicar quem considerar adequado, dentro dos limites estabelecidos pela Constituição. No entanto, segundo Marinho, há um claro problema constitucional.

"O presidente da República tem o direito de indicar quem ele achar que é conveniente, dentro do que rege a Constituição. Na nossa opinião, há um problema constitucional claro: a questão do princípio da impessoalidade", acrescentou.

Questionado se acredita que a indicação será aprovada, Marinho afirmou que não pode falar em nome dos 81 senadores, apenas por si mesmo. Ele reiterou que está disposto a receber o advogado Zanin, conversar com ele e realizar a sabatina de forma respeitosa, mas também "expressar suas opiniões e sentimentos a respeito da indicação".

Zanin

Cristiano Zanin, de 47 anos, foi advogado de defesa de Lula durante os processos da Operação Lava Jato. Ele foi indicado para ocupar a vaga deixada pelo ex-ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou do STF em abril.

A aprovação do nome de Zanin para o STF cabe ao Senado. O advogado deverá passar por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, e posteriormente a indicação será votada pelos senadores na CCJ e também no plenário.

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