Masp, em São Paulo, vai ganhar prédio anexo com 14 andares

O Museu de Arte de São Paulo (Masp) ganhará um novo prédio de 14 andares, vizinho ao museu na Avenida Paulista. A equipe do equipamento cultural informou nesta sexta-feira (20) que, com a mudança de 10.485 m² para 17.680 m², o edifício ganhará um espaço 66% maior. Devido às limitações físicas, pouco mais de 1% do acervo do museu é exposto atualmente.

No total, são mais de 11 mil pinturas, esculturas, objetos, fotografias, vídeos e vestuário de diversos períodos e continentes. O museu abriga o acervo de arte europeia mais relevante do Hemisfério Sul e o projeto pretende conceber uma das mais modernas infraestruturas museológicas da América Latina, com financiamento de pessoas físicas, cujas doações somam R$ 180 milhões.

Outra novidade é que haverá conexão subterrânea, já aprovada pela Prefeitura de São Paulo, com o imóvel que é cartão-postal da cidade de São Paulo, sob a Rua Professor Otávio Mendes. Com isso, a bilheteria será transferida para o subsolo, liberando o vão livre e devolvendo a este espaço a sua utilização como praça pública.

O novo prédio será batizado de Pietro Maria Bardi, que foi o primeiro diretor artístico do museu, e o edifício original será chamado Lina Bo Bardi, arquiteta que projetou o Masp. A ideia é que o edifício Lina seja dedicado à exposição das obras que pertencem à coleção do museu, enquanto as novas galerias do edifício Pietro deverão ser ocupadas com exposições temporárias.

O projeto de expansão do museu começou com o arquiteto Júlio Neves, que foi presidente do Masp de 1995 a 2009. Durante a sua gestão, ele participou da compra do edifício Dumont-Adams e desenvolveu o projeto inicial. "O objetivo é fazer do Masp um museu para uma metrópole de mais de 12 milhões de habitantes e para o futuro, reforçando o seu papel como referência internacional e equiparando São Paulo a outras capitais culturais", informou a equipe do museu em nota.